Os drones, conhecidos como veículos aéreos pilotados remotamente, são tecnologias que proporcionam imagens aéreas de grande escala e também possuem a função de pulverizadores, que têm sido uma ferramenta promissora para as lavouras brasileiras.
De acordo com uma pesquisa realizada no site AgroLink, estudos com defensivos agrícolas indicam resultados positivos em relação ao uso de drones em área total, principalmente em culturas como o milho e a soja. A pulverização, quando realizada com drones, tem menor potencial de deriva e proporciona maior inovação nas práticas agrícolas, mostrando segurança na aplicação com os dispositivos aéreos.
O engenheiro agrônomo, professor e pesquisador Ulisses Antuniassi, da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp/Botucatu-SP), em depoimento para o AgroLink, explica a questão da deriva na aplicação de defensivos com o drone. A deriva é definida pelo momento em que o defensivo agrícola que é aplicado, não atinge a plantação no local desejado. Segundo o engenheiro, as derivas precisam ser controladas e o uso correto das tecnologias deve ser feito, implementando o conceito de boas práticas nas aplicações.
De acordo com Antuniassi, nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, os setores que mais utilizam a técnica de sistemas de injeção de defensivos em pulverizadores com drones são o setor florestal e da cana-de-açúcar, defendendo que “essas tecnologias vieram para ficar e já são realidade em muitos segmentos do agronegócio”.
Em 2020, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deu abertura à uma consulta pública para a regulamentação do uso de drones para a pulverização das lavouras. A Instrução Normativa para a regulamentação, compreende o uso de drones como uma possível substituição do pulverizador costal, proporcionando uma aplicação mais segura, eficiente e econômica, que beneficia o meio ambiente.
De acordo com a Embrapa, o uso de drones pulverizadores apresentam vantagens em relação às ferramentas tradicionais. Para Lúcio André de Castro Jorge, pesquisador da Embrapa Instrumentação, o veículo não tripulado, por ser de pequeno porte, é facilitador para sobrevoar áreas de difícil acesso para pulverizar locais que sofram com a falta de controle, sem causar o amassamento da cultura.
Para pesquisadores do material da Embrapa, o diretor-fundador da ALSV Agro Drone Pulverização André Veiga e o engenheiro aeroespacial Wender Santos, diretor-técnico da SkyWorks Agro, para que a tecnologia dos drones possa ser adotada pelo mercado, é defendido que tenham melhorias na legislação brasileira para que o país possa aumentar a produtividade, atraindo mais investimentos externos para o setor da tecnologia.