Vamos extrair o DNA destes documentos para ver as informações que eles contém:
Este primeiro documento (abaixo) tem o símbolo do Império do Brasil, que durou de 1822 a 1889, e é o pagamento de imposto de uma carreta ao Município de Cruz Alta, feito dois meses antes da emancipação do Município de Vila Rica.
Antero de Oliveira Mello era Alferes que corresponderia hoje a sub-tenente. Era filho de Rodolpho de Oliveira Mello, mais conhecido como Rodolfino Mello, casado com sua prima Auraceli.
Antero faleceria cinco anos depois em consequencia de um disparo acidental de arma. Ele era solteiro, mas estava noivo de sua prima Juliana Maria de Oliveira Mello.
Esse documento (abaixo) foi emitido em 1929 cobrando a armazenagem de algum material da Empresa de O Popular, um jornal da época que circulava há 22 anos, cujo Diretor era o Dr. Viriato Dutra.
Ainda foi usado pela VFRGS , o antigo bloco de Recibos de Armazenagem do tempo da Companhia Auxiliar de Caminhos de Ferro do Brasil.
Este Convite de Enterro (abaixo) é feito por essa pessoa mais conhecida como Serafim Bravo. Ele, como lanceiro, tomou parte na Revolução Farroupilha 1835-45, na Guerra do Paraguai 1865-70 e Guerra contra Rosas 1852 e ainda viveu 16 anos em tempos de paz na sua Fazenda da Vista Alegre. Ele era filho de outro Serafim Correa de Barros (nascido em Mogi das Cruzes, SP) e de Ana Maria de Jesus, uma moça solteira. Foi registrado em Santa Maria e foram testemunhas sua avó paterna Maria Vicência de São Joaquim e o próprio vigário. Provavelmente, Serafim teria nascido lá pelo Abacatu e foi registrado em Santa Maria. O primeiro nome que ele usou foi Serafim José Jacinto (nome do avô). Só começou a usar o Correa de Barros quando conheceu seus meio-irmãos em Bagé. ao redor de 1836.
Serafim faleceu em sua Fazenda da Vista Alegre, em 1886, com 69 anos. Ele casou, em 1843, com Carolina Josefa Leopoldina, falecida com 44 anos e tiveram onze filhos. Ela era filha de Antônio Rodrigues Padilha e de Faustina Maria da Ascenção Severo, batizada em São Miguel das Missões por um padre de Cruz Alta.
Em 1855 a 1857 havia na Fazenda da Vista Alegre uma capela: “o oratório particular do Capitão Serafim Correa de Barros”.
Uma das missas-de-sétimo-dia foi rezada na atual São Martinho da Serra e a outra no lugar que há 13 anos era chamado de Povo Novo (atual Júlio de Castilhos).