Júlio de Castilhos
quarta-feira

22 de janeiro de 2025

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Sou amigo de um grande músico aqui da região. Ele costuma dizer que fui eu que o ensinou a tocar, o que é um reconhecimento bem maior que mereço por ter mostrado os 3 primeiros acordes do violão para um cara supertalentoso.

Esse cara tinha 11 anos na época e, na primeira semana de aula, veio até mim dizendo que tinha ouvido uma música no rádio e “tirado de ouvido”. Era “Teto de Vidro”, da cantora baiana Pitty.

Tenho pensado nisso. Começando pelo significado da música, pela história com o meu amigo ou pelo momento da vida que estou passando e que faz com que converse muito com o meu (eu) passado.

O jovem acha que é inabalável e mentalmente indestrutível. O jovem julga, pois ainda não errou o suficiente. O excesso de certeza é o mau do jovem.

Comigo não era diferente. Era muito impaciente com o defeito do outro e hoje vejo que o que julgo por defeito, é só uma forma diferente da minha de ver o mundo.

Claro que estabeleço uma linha para o que convivo ou não, mas hoje tento sempre pensar que deve existir uma história por traz de uma ação, de várias ações que geraram uma atitude e de milhões de atitudes que fizeram uma pessoa diferente de mim ter outro senso moral.

Mas parece que a sociedade como um todo parou de amadurecer. Não que eu seja um cara que defende o passado ou “como as coisas eram”, mas a verdade é que uma vida mais sofrida te força a evoluir mais rapidamente.

Querendo ou não, no passado, tudo era mais difícil. Quanto mais pra traz a gente olha, mais difícil é compreender como a raça humana chegou nesse patamar. Coloca qualquer um de nós, até os especialistas em sobrevivência, vencedores do “Largados e Pelados”, ou ainda caras como Bear Grylls.

Vendo meu filho aprender cada um dos seus sentidos, aprender que tem uma mão, que ela pode pegar objetos e que ele pode jogar esses objetos longe, tem me mostrado como nós precisamos passar pela experiência para compreender o significado das coisas.

Mas como dizia a Pitty, “isso não é uma questão de opinião, isso e só uma questão de opinião”, e é mais uma vida inteira em poucas frases. Então, se você julga que não tem teto de vidro, pode jogar a primeira pedra. Final brega pra esse texto que fala de coisas do passado que seguem no presente.

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