Nessa segunda-feira (04), foi assinado na sede da Federação de Agricultura do Rio Grande do Sul – Farsul, o seguro do rebanho bovino gaúcho para casos de ocorrência de focos de febre aftosa. A assinatura foi feita entre o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) e a seguradora Fairfax.
De acordo com o representante da Fairfax, Ricardo Sassi, este recurso é o primeiro seguro de pecuária contra a febre aftosa em todo o mundo.
Segundo informativo pecuário do Governo Federal, a febre aftosa é uma doença infecciosa aguda que tem como principais sintomas a febre e aparecimento de aftas na boca e nos pés de animais de casco fendido. A febre aftosa é causada por um vírus que possui 8 variações, e produzem sintomas clínicos semelhantes.
A contaminação da doença pode acontecer em contato com o flúido das aftas, saliva, leite e dejetos de animais infectados, o que caracteriza uma fonte de transmissão de um rebanho para outro.
De acordo com o representante Ricardo Sassi, o cálculo realizado para o valor do seguro no Rio Grande do Sul levou em conta o georreferenciamento de propriedades e a qualidade do trabalho de defesa agropecuária que é desenvolvida no estado.
O presidente da Farsul, Gedeão Pereira, enfatizou o quanto é importante que o produtor comunique qualquer suspeita da febre aftosa.
“O seguro vai contribuir para que o produtor, que é o primeiro fiscal, tenha a tranquilidade necessária para agir com rapidez e chamar a autoridade sanitária para fazer o diagnóstico”, afirmou Gedeão.
Com este recurso de segurança, o produtor gaúcho é assegurado contra a ocorrência dos casos de febre aftosa que necessitem de indenização por abate sanitário. A Fundesa – Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal pagará anualmente para a seguradora Fairfax R$3,98 milhões. A franquia é de R$15 milhões e o valor do seguro no total, para além da franquia, é de R$300 milhões de reais.
“É uma condição totalmente diferente que temos hoje, com um serviço veterinário oficial preparado e estrutura para um rápido diagnóstico e ação para a contenção de eventuais focos” concluiu o presidente do Fundesa, Rogério Kerber.