Nesta quarta-feira (23), a Emater/RS-Ascar, juntamente com a Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (SEAPDR) apresentou o Lançamento da estimativa da safra de inverno 2021.
A previsão foi realizada por meio de uma Live no perfil do Facebook e canal do Youtube da Emater/RS-Ascar. A expectativa é de que o Rio Grande do Sul tenha outro recorde de produção.
O diretor técnico da Emater/RS Alencar Rugeri, apresentou os dados com as estimativas dos principais grãos que compõem a safra de inverno: trigo, cevada, canola e aveia branca.
A projeção de cálculos indica uma previsão de 3,7 milhões de toneladas de grãos, que totaliza a maior produção dos últimos anos.
Os dados, apresentando resultados de safras desde 2015, indica o ano de 2016 como o resultado de produtividade mais próximo da estimativa atual, com 3,4 milhões de toneladas na produção.
Segundo dados da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, neste ano, 1,49 milhão de hectares serão voltados para a produção dos grãos, indicando um crescimento de 10,8% de área cultivada e 32,5% em produção comparado ao ano passado.
O diretor técnico comenta, na apresentação dos dados, sobre o cenário da safra para o Rio Grande do Sul.
– A expectativa é de termos a maior safra já colhida em termos de grãos. Esse é um cenário extremamente interessante para o Estado e esperamos que se consolide ainda mais com as tendências climáticas positivas.
Rugeri comenta ainda que o produtor vem capitalizado da última safra, e tem realizado a implantação das culturas de forma positiva e, até o momento, sem grandes dificuldades. Essa questões levam a boas previsões para a safra de inverno, pois tem “uma boa remuneração das culturas. Isso leva a crer que deveremos ter uma grande safra […], quiçá a melhor safra da história”, comentou Rugeri.
Para o trigo, cultura significativa para a agricultura gaúcha, os dados indicam uma produção de 2,89 milhões de toneladas do grão, enquanto a safra de 2020 apresentou 2,1 milhões. A tendência de produtividade do grão, por hectare, é de 2,6 toneladas, 21,6% maior do que a safra anterior. As regiões gaúchas em que mais se concentra a maior área estimada de trigo são Frederico Westphalen, Santa Rosa e Ijuí, com destaque da cidade de Pelotas.
O diretor Alencar Rugeri menciona ainda que a área cultivada no Rio Grande do Sul é fruto do tripé do produtor:
– A nossa base de sustentação, que é o tripé, esses produtores que estão plantando os 1.080.559 mil hectares tem nesse tripé o planejamento, gestão e profissionalismo. A tendência é de ter uma condição mais favorável, porque é trabalhado um sistema de produção” reforça Rugeri.
Na ocasião da apresentação de dados, o Meteorologista da Secretaria Estadual de Agricultura, Flavio Varone, explica as condições climáticas observadas no mês de maio, e também como o clima pode se apresentar nos meses de julho agosto e setembro.
– No mês de julho a chuva tende a ficar um pouco acima da média, mostrando que os valores vão ficar no mínimo dentro da normalidade, mas boa parte do interior do Estado deve ter os volumes acima da média”. Para o mês de agosto, o meteorologista afirma também que as precipitações devem permanecer dentro da normalidade em grande parte do Estado, sem a perspectiva de uma estiagem mais prolongada. Já para o mês de setembro, existe a possibilidade de chuvas abaixo da média.
O Presidente da Emater do Rio Grande do Sul, Geraldo Sandri, comentou na Live de lançamento da safra de inverno 2021 previsões otimistas para o Estado.
-Será um ano muito positivo em termos de plantio, de expectativa, de área plantada, muitos vindo pelo sucesso da agricultura e da pecuária do Rio Grande do Sul na safra de verão, e que está levando o RS ao protagonismo de muito tempo.
Confira, na imagem, a estimativa para as culturas da safra de inverno:
