Estamos aproveitando bem o nosso tempo? Vemos felicidade no fato de respirar? De estarmos com saúde?
Essa semana acompanhamos estarrecidos a morte trágica e prematura da cantora Marília Mendonça trazendo à tona uma verdade incômoda a respeito da vida: não sabemos como, nem quando ela termina. A verdade é que não estamos nunca preparados.
Apesar da dor, a consciência da morte de alguém querido é saudável e uma oportunidade para rever e mudar sua vida, encontrando formas de melhorar no que for preciso a cada dia.
Todo dia pode ser nosso último dia nessa trajetória chamada vida. E, infelizmente, essa consciência só se faz realmente presente quando vemos a morte se aproximar de alguém que conhecemos, seja famoso ou não. A grande verdade é que estamos sempre envolvidos na pressa de viver.
E este é, talvez, o principal motivo pelo qual evitamos pensar na morte. E tudo bem por isso. A grande realidade é que não queremos nos certificar do quanto nossa estadia neste mundo é limitada e que não temos o controle de nada.
Nestes momentos, lembramos dos beijos que não demos. Dos abraços que ficaram escondidos. Dos afetos que nunca chegamos a retribuir ou expressar.
Portanto, viva hoje amando, dizendo o quanto ama, demonstrando afeto, favorecendo seus desejos, buscando leveza para seus dias e sua alma, se afastando de tudo o que lhe traz sensações desagradáveis e lhe tira a paz. Isso sim está na sua mão.
Está em seu controle. Basta desenvolver o autoconhecimento, reconhecer suas forças, fraquezas, elevar sua autoestima e compreender o quão importante você é para si e para muitos. Valorize sua vida e sua história que é única.
Portanto, honre a vida e cuide cada vez mais de suas relações, valorizando as coisas boas que o outro lhe traz. Isso ajuda a minimizar a dor da perda e a criar mais empatia.
Preste atenção às pequenas coisas do dia a dia e não deixe de dar importância a uma bela tarde. Aproveite e invista o tempo como se não pudesse ser recuperado. Pare para pensar: o tempo escapa, mas ele ainda lhe pertence. Está passando e precisamos nos dar conta de que não são necessárias situações extremas para saber valorizar a vida, porque ela já é valiosa por si só.
A experiência de ver alguém que amamos sair abruptamente de nossas vidas é no mínimo dolorosa. O sentimento de impotência perante a perda é apenas um no meio do turbilhão de emoções que temos que carregar nesses momentos…
Mas mesmo nos cenários mais devastadores, se prestarmos atenção, encontraremos boas e importantes lições que ajudam a nos moldar como melhores pessoas. Precisamos valorizar as pequenas coisas.