Com o plantio iniciado no mês de junho e finalizado há duas semanas, a safra da cultura de trigo poderá ter destaque na Região Central em 2021. De acordo com a Emater/RS, o retorno das chuvas possibilitou que o plantio de trigo alcançasse os 97% de área prevista, desenvolvendo a cultura no Rio Grande do Sul.
Dentre os 35 municípios abrangidos pela Emater da Região Central gaúcha, Tupanciretã, com 16,2 mil hectares destinados à plantação de trigo, é o maior produtor da cultura de inverno. Júlio de Castilhos, por sua vez, encontra-se em terceiro lugar nos municípios, com 6,5 mil hectares.
Em relação à safra passada, com mais de 56 mil hectares da cultura, nesta safra são somados cerca de 14 mil hectares a mais, chegando a 70.100 hectares destinados ao cultivo de trigo. Segundo engenheiro agrônomo da Emater da região para a GaúchaZH, Luís Fernando Oliveira, o aumento da área plantada pode ser motivado pelo preço do saco do grão, vendido por R$80 em média, com 60 quilos.
De acordo com o engenheiro agrônomo, a preocupação com o bom desenvolvimento e bons resultados na produção são as precipitações, que já provocavam temor antes mesmo do plantio caso o solo se encontrasse muito seco. Após a chuva aliviar essa questão, a preocupação agora é a continuidade.
-A preocupação daqui para frente é torcer que essas chuvas continuem ocorrendo. Se esses volumes de chuva forem baixos, podemos ter dificuldade em fazer o aproveitamento das adubações nitrogenadas, o que pode acarretar perda de rendimento – diz Luís Fernando.
A previsão de rendimento para a cultura é de 55 sacos, ou 3,6 mil quilos por hectare, rendendo mais de 8,8 milhões de sacos do grão, equivalente a 230 mil toneladas de produção. Com a colheita iniciando entre a metade do mês de outubro, e finalizada até final de novembro, a movimentação da cultura pode gerar R$310 milhões.
