Júlio de Castilhos
quarta-feira

22 de janeiro de 2025

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Pouca chuva no Brasil preocupa setor produtivo e de geração de energia

Desde 2019 o país passa por períodos de pouco volume de chuvas, e é o menor nível desde o início da série histórica em 1931.

Conforme dados da METSUL Meteorologia, nos últimos dois anos o Brasil passa por períodos preocupantes com a falta da frequência no volume de chuvas. No mês de maio de 2021, observou-se no Rio Grande do Sul, por exemplo, uma redução de 38% do volume acumulado de chuva, comparado à médias históricas.

A Secretária de Agricultura, Turismo, Desenvolvimento e Meio Ambiente de Júlio de Castilhos, Ana Paula Alf Lima Ferreira, comenta sobre os impactos da falta de continuidade das precipitações no setor produtivo.
– A falta de chuvas registrada nos últimos meses, não só tem gerado instabilidade junto ao setor produtivo do Agronegócio, mas também a especialistas com ligação a produção de energia, os quais sinalizam a possibilidade de uma crise energética no Brasil.

A diminuição do volume de chuvas não preocupa somente a geração de energia, mas também impacta a agricultura e a disponibilidade de água nas grandes cidades. As informações são do Doutor em Física pela Universidade de São Paulo (USP), Pedro Artaxo, que comenta ainda que o encarecimento dos produtos in natura, industrializados e outros serviços que exijam energia elétrica configuram o primeiro impacto sentido pela sociedade devido à falta de chuvas, o que é sentido pelo consumidor no índice da inflação.

Ainda a nível nacional, o Ministro de Minas e Energia, Beto Albuquerque, afirma que o nível atual de chuvas é o menor desde o início da série histórica em 1931 no Brasil. “Por conta dessa estiagem tivemos uma recarga menor dos reservatórios, tanto para abastecimento urbano quando hidrelétricas na região Sul, o que afetou também parte do estado de São Paulo” comenta o Ministro. Para atender as demandas nacionais, o Professor do Instituto de Energia da USP, Pedro Cortês, diz que o cenário de estiagem prolongada fez com que o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) importasse energia de países vizinhos, como Uruguai e Argentina.

No Estado do Rio Grande do Sul, de acordo com a Defesa Civil, segundo levantamento, quatorze municípios gaúchos ficaram por mais de seis meses com decretos em estado de emergência em razão da baixa precipitação e os seus efeitos. A IRGA e a Agência Nacional de Águas (ANA) estimam que as chuvas ainda estarão abaixo da média na Região Sul, e que estados como o Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás terão continuidade da temperatura mais elevada que o normal. Tal fator não indica obrigatoriamente dificuldades na agricultura, porém, pelo segundo verão consecutivo, a reposição de água nos reservatórios pode ser prejudicada

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