Júlio de Castilhos
quarta-feira

22 de janeiro de 2025

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PIB brasileiro tem crescimento de 1,2% no 1º trimestre de 2021

Levantamento foi feito pelo IBGE e aumento surpreendeu economistas em ano marcado pela piora da pandemia

Nessa terça-feira (01), de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o PIB (Produto Interno Bruto) nacional registrou um crescimento de 1,2% neste primeiro trimestre de 2021. Comparado ao primeiro trimestre do ano passado, o PIB obteve o avanço de 1%.  

Segundo a BBC News Brasil, o avanço confirma uma sequência de indicadores econômicos que superaram as expectativas da produção industrial, comércio e prestação de serviços no Brasil no período entre janeiro e março de 2021.  

Como o PIB obteve avanço em meio à pandemia? 

Devido ao ano ter iniciado sem o auxílio emergencial e sendo renovado pelo Governo Federal a partir de abril, ainda com o pagamento de menor valor comparado ao ano anterior, analistas previam uma queda no PIB nos primeiros três meses de 2021 em relação ao quarto semestre.

Porém, o fator de desenvolvimento positivo das atividades surpreendeu economistas no início de 2021, que foi marcado pela piora da pandemia no período de março e abril e tornou necessário que os Estados e municípios aplicassem firmemente as medidas de segurança e distanciamento social, segundo a BBC News.  

O site aponta que o PIB registra a terceira alta trimestral seguida, após avanços de 7,8% no terceiro trimestre e de 3,2% no período de outubro e dezembro do ano passado, em comparação ao trimestre imediatamente anterior. Mesmo com o crescimento favorável, o Brasil conta ainda com o desemprego atingindo o nível recorde de 14,7% nesse início de ano, com 14,8 milhões de desempregados, o que indica o questionamento do bom desempenho da economia em meio à crise sanitária.  

A pesquisa da BBC News conta com o parecer da Coordenadora do Boletim Macro da Fundação Getúlio Vargas Silvia Matos, o Economista da XP Investimentos Rodolfo Margato e o Economista do Itaú Unibanco Luka Barbosa para apontarem os cinco principais fatores do crescimento do PIB em meio à pandemia.

São eles: Alta de preço das commodities; Uso da poupança acumulada em 2020; Reposição de estoques na indústria; Demanda externa por bens industriais e, por fim, empresas e famílias mais adaptadas com a pandemia.  

Em questionamento dos motivos responsáveis pelo índice de desemprego não baixar, a analista Silvia Matos, da FGV, considera que o recorde de desemprego neste início de 2021 é resultado de uma recuperação desigual entre os setores da economia, com o comércio e os serviços muito afetados pela pandemia. A inflação também é considerada um impedimento para que a população perceba as melhoras na economia.  

Segundo a BBC, os analistas esperam que a economia brasileira siga se recuperando no restante de 2021. Ainda é prevista uma desaceleração do PIB no segundo trimestre, mas com o avanço da vacinação é possível uma retomada na segunda metade do ano.

Divulgado na segunda-feira (31), o boletim Focus do Banco Central mostra que a expectativa mediana do mercado é que o PIB cresça 3,96% ainda neste ano.  

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