O integralismo era um movimento cultural nacionalista criado em Portugal, desenvolvido na Semana da Arte, em 1922, por Menoti Del Picchia, Mário de Andrade e Oswaldo de Andrade. Em 7 de outubro de 1932, seu líder incontestável, o Dep. Plínio Salgado, fundou a Ação Integralista Brasileira.
Era uma ideologia que defendia a ligação do Estado com a Família, estruturada com princípios éticos, religiosos e morais que visavam a preservação da cultura local, da tradição e o desenvolvimento das zonas rurais. Formar homens íntegros na doutrina de direita. Era, portanto, anticomunista.
Plínio Salgado afirmava que a sociedade só pode funcionar com ordem e paz, respeitando a hierarquia social e havendo harmonia social.
Os integralistas tinham uma estrutura paramilitar, tinham treinamento com ordem unida e marchavam garbosamente como soldados, com uniforme próprio: camisa verde com um emblema de letra grega maiúscula (sigma) no braço esquerdo (significando soma de valores) e gravata e calça preta ou branca. Eram chamados de “camisas verdes” ou “galinhas verdes” e tinha uma saudação própria levantando o braço com a mão espalmada e dizendo “anauê”, termo tupi que significa “eis-me aqui” ou “anauê pelo bem do Brasil”.
Na Vila de Júlio de Castilhos foi fundado, em 1934 ou 35, o “Núcleo da Ação Integralista Brasileira” que tinha palestras culturais semanais e diretivas de integralismo.
O nosso Núcleo chegou a ter cerca de duzentas pessoas fichadas. Seu Chefe era Victor Romagna, que foi chefe regional em Cruz Alta e Nova Palma e teve como Secretários, Wladimir (Milo) Mello e João Morais.
Nessa foto, junto ao túmulo do irmão de Stênio Perdomo, morto acidentalmente por ele na Cancha (reta) da Figueira, foram identificados: O 4°, Wladimir Mello, o 5°, Mário Vargas, o 8°, Carlito Fumagalli, o 10°, Severino Bevilacqua (Sibica), o 17° Victor Romagna e o 18°, João Morais, esposo da Profª Maria Lage, do Colégio Elementar e, à sua direita, Alcides Simões, Gerente do Banco do Comércio. O Integralismo, que empolgou muito os homens de Júlio de Castilhos na época, foi extinto após a instauração do Estado Novo, por Getúlio Vargas, em novembro de 1937.