Vou começar hoje partindo da atual Praça Manoel Alvarenga indo em direção ao centro:
* Na esquina do Meu Postinho não tinha nada. * Seguia um quarto do Hotel do Comércio que era do Francisco e Oreste Tognotti, os irmãos de Dona Laia que foi diretora do Colégio Pasqualini. A foto abaixo, tirada pelo Roger Quesani é do Hotel do Comercio que foi demolido para construírem o Edifício Ozelame, prédio onde está a Caixa Econômica. Esse quarto do Hotel seria até as primeiras duas aberturas somente.
*Depois, vinha o Cinema Pathé que era dos irmãos Tognotti, inaugurado em 1923. O nome do cinema vem dos inventores do cinema Pathé Frères (Irmãos Pathé). Era cinema mudo. No Museu Vila Rica existe parte do projetor de manivela que o Seu Chico Tognotti me deu. * Vinha então uma casinha do construtor Otávio. * Seguia, a casa do barbeiro Silveira (na atual casa da Elvirinha Vargas). * No fim da quadra, era a casa do Seu Doracy Hausen, pai da Berenice do Alceu. Eles ainda a conservam como era naquele tempo. Só construíram atrás dela. Uma louvável sensibilidade para proteger a memória de seus antepassados. * E na esquina era a casa do Seu Lourival Hausen (atual Sicredi).
* Depois da rua, Carlitos Fumagalli estava construindo na esquina o que seria a Agência Ford e a Agência Singer (foto). Essa Agencia Ford ficava na esquina da rua que descia para o lado da atual Biblioteca. Era um descidão de terra e barrancos. Quando um auto da oficina não podia pegar de arranque eles o punham nessa descida. Quando, mesmo assim, não pegava. Eles iam à casa que ficava perto, do menino Lili Marros, (que foi quem me contou de memória que estou passando para vocês), e o menino, com o seu petiço, o rebocava até em cima.* Atrás, da construção ficava a ferraria de Loreto Carpes, que existia já em 1920. * Em seguida, João Manuel Pereira de Oliveira, conhecido como João Risada, tinha uma casa saliente para a rua. Quem vinha na calçada, tinha de descer para a rua e voltar para a calçada. Em 1918, era a Casa Oliveira que ele anunciava pelo jornal da época: “Ourivesaria, relojoaria e fábrica de joias por mais finas que for”. No Museu tem copo e porta-cuia de alpaca com a marca da fábrica que o Seu Tancredo Banõlas me deu. * A próxima casa era onde esteve a loja de Romualdo Bolzani, depois do Ponto de Encontro. * E, a seguir a fábrica de sapatos de Hermenegildo Culau. Nessa casa morou SeuHelmuth Holweg e Dona Carula. * Vinha depois, uma casa com duas sacadinhas na frente, de Dinarte Motta. * Em seguida, a Capelinha dos Alvarengas (onde tem uma cruz-de-Cristo no Maria Rainha). * E, na esquina era o Colégio Elementar.
* Cruzando a atual Rua João Pessoa, vinha a casa onde morou Novembrino Loureiro que foi Prefeito de 1936 a 38. * Vinha, depois, um terreno muito grande, onde havia um rancho. * E, para dentro, a casa do Seu Miguel Waihrich F°, um chalé de material com um jardim na frente. O terreno era alto e tinha uma mureta com grade de ferro. * Dali até a esquina não havia mais nada. Era terreno baldio.
* Depois da Praça, na esquina tinha a casa geminada de João Castilhos. Essa casa em L, começava na Rua XV de Novembro e descia um pouco mais para o lado do atual Correio. * Depois dessa casa até a Rua Salgado Filho não havia construção nenhuma. Eram os fundos das casas da Rua Barão do Rio Branco.