A “casa de negócio” ou “venda” mais antiga de Júlio de Castilhos teria sido a de Francisco Valle Machado que se mudou para Santa Maria, onde foi até prefeito de lá. Então, ele a vendeu a Antônio Carbone. A venda ficava na esquina conhecida como casa do Seu Romagna, na esquina abaixo do Centro Cultural. A casa só fechou em 1891 com a morte de Antônio Carbone. Esse tipo de comércio era comum nos pequenos lugarejos e fazia a revenda de gêneros de primeira necessidade. Como fazendas, bebidas, fumo, produtos coloniais, louças, ferragens e miudezas, que eram designados pelo termo genérico de “secos e molhados” ou “armazém”. Em 1904, do outro lado da rua, surgiu a “Casa Comercial”, o armazém do Seu Chico Onófrio. Nesse ano já tinham 22 casas comerciais em Vila Rica. Em 1906, na esquina da praça, onde é o estacionamento dos gringos Evaldo e Mário, surgiu o estabelecimento de Suñe & Irmão que foi comprado por Waldemar Mello, pai do Seu Milo, pai da Cléia.
Mas o quê que isto tem a ver com a foto aí de cima? É que essas meninas trabalhavam no comércio da cidade. Era uma festa, perto do dia 10 de outubro, Dia do Comerciário, onde eram coroadas as rainhas e princesas do Comércio. Parece que foi num baile no Clube União Operário.
* A primeira de cima é a Maria Diniz. * A segunda, a Lecy Soares da Silva, filha do Seu Aristides Soares da Silva, Seu Tide, e da Dona Margarida Correa de Barros. (Ela nasceu em Santa Cruz de la Sierra, na Argentina, onde era chamada de “Marguerita”). A Lecy casaria com o Osório Pereira Machado. Pais do Luiz Walmor e da falecida Magali, do Romeu. * A outra, com a faixa de “Rainha do Comércio” é a Marília Machado Oliveira, Marília da Donana, que casaria com o José Cavedon Pedroso, filho do Cabo. * A terceira é a Maria Clair, irmã da Lecy e da Nilva da Floricultura. * Embaixo, a Carmem Garcez com a faixa de “Princesa do Comercio” que trabalhou depois na área da Saúde e faleceu em Cruz Alta.* E a outra Princesa não foi identificada. Parece que era Rubin.
