O André me pede mais um Naquele Tempo. Mas está ficando difícil. Sei que o pessoal gosta mais de ver foto de gente que eles conhecem. Só prometem e não me trazem assim tenho que ir à minha Coleção e buscar meia dúzia de pessoas que fizeram parte da nossa história:
* O Cel. Luiz Gonzaga de Azevedo foi o primeiro Prefeito eleito do nosso Município. Governou de 1897 a 1900. Nasceu em Cruz Alta e faleceu em Tupanciretã. Foi ele que comprou, em 1899, o prédio de Jesuína Carbone, viúva de Antônio Carbone e do filho deles, Antônio Carbone, que foi morar lá por Carazinho. Esse prédio fica na esquina da Praça João Alvarenga, em frente à Cauzzo e, brevemente, já foi tombado, pois é o único prédio histórico do Centro Histórico de Júlio de Castilhos. Até já virou selo dos 230 Anos. Ali foi a primeira Intendência, a primeira Prefeitura, onde foram empossados, em 1891, os membros da Primeira Junta Administrativa do Município de Vila Rica. Essa casa, por assim dizer, é o berço do nosso Município. Deve ter sido construída por Francisco de Abreu Valle Machado que a vendeu a Antônio Carbone quando foi para Santa Maria. Pelos meus cálculos, salvo melhor juízo ela terá 147 anos.
*Carolina, foi a nossa primeira Primeira-Dama. Vejam como era bonita. Era filha do Serafim Bravo.
*O seu Lourival era o avô da Berenice do Alceu Messerschmidt. Ele era casado com a Dona Virgínia Lydia Machado. Eram pais do Seu Doracy Hausen casado com Dona Alice Scherer Hausen.
Seu Lourival foi o primeiro agente da Estação de Vila Rica, nomeado em 1903 e foi também Coletor Estadual. Ele era maçom da Loja Aurora da Serra que, segundo o Milton Malgarim, foi fundada em 13 de fevereiro de 1898. E eu, mísero profano tenho que acreditar! Dizem que se reuniam lá pelo Centro Social.
Eu tenho uma Bíblia Sagrada, impressa em 1900, em Lisboa, que era do Seu Lourival. Esse precioso livro foi-me doado pelo Seu Doracy, em 1983. Um inesquecível gesto de amizade que não esquecerei nunca.
Seu Lourival morava onde hoje é o Sicredi, A casa à esquerda era de uma tia do Seu Doracy e ele a comprou. Ali o Alceu quando casou foi morar com os sogros. E, num elogiável gesto de sensibilidade e respeito eles a conservam tal como era e onde têm a sala e o escritório. Só construíram um sobrado na parte de trás para as outras dependências.
* Essa senhora, ao lado é a Dona Eleutéria Scherer casada com Seu João Scherer (pais da Dona Alice Scherer e da Dona Judith do Seu Wilson Campos). Eles tinham campo lá pelo Japepó. A Dona Judith e Seu Wilson eram pais do Ibernon. Seu Wilson era muito alegre e gaiato. Ele tinha um pesqueiro nos fundos, na costa do Ivai, que tinha casa (sem luz naquele tempo). Lá ele colocou fios e uma lâmpada fluorescente para dizer que tinha lua elétrica! (Hoje essa casa-pesqueiro é do Seu Alair Ferigolo, sogro do Peterson pai da Malvina). Para ir lá nesse pesqueiro do fundão, a estrada era muito estreita naquele tempo, o carro passava apertado. A Dona Eleutéria era a vó do Ibernon. E o seu Wilson chamava o lugar de “Apertado da Vó”!
* Já, essa foto do casal de corpo inteiro é do Seu Tibúrcio Pacheco da Silva, pai do Seu Octaciano Pacheco, avô do João Marino da Izeulde. Seu Tibúrcio era casado com a Dona Isabel Dutra. O Seu Tibúrcio era pai, também, da Dona Cacilda do Seu Doca Messerschmidt que eram meus vizinhos. Eles moravam onde morou a falecida Dona Gessy, que sempre estva em frente da casa com o Seu Egídio. Aquele bigodudo da caminhonete. Seu Doca e Dona Cacilda eram pais da Dona Izabel e da Dona Ema Messerschmidt.
As mulheres, minhas amigas, dizem que adoram a minha coluna e é a elas, pois, que eu dedico a imagem da Dona Isabel que mostra como era a moda naquele tempo.