Uma das vantagens de trabalhar com copywriting é conhecer os gatilhos mentais. Essa técnica é obrigatória para o profissional de comunicação deste século, mas não é ensinada na faculdade. Deveria!
Inclusive, o brasileiro, de modo geral, deveria entender isso.
O positivo normalmente vence, como por exemplo:
“Compre batom”. Comercial da marca de chocolate que ficou 2 semanas no ar e as pessoas conhecem até hoje.
“Vem pra rua”. De fato, as pessoas foram pra rua.
Bem diferente do negativo.
“NÃO vai ter copa!”. Teve copa.
“NÃO vai ter golpe!”. Teve impeachment.
“Ele NÃO”. Ele está aí.
“NÃO leia essa coluna”. Aqui está você.
Primeira regra sobre slogans é não utilizar a palavra “não”, a não ser que o objetivo seja o efeito reverso. Psicologia reversa deveria ser uma disciplina também!
Quando Donald Trump lançou sua candidatura a Presidente dos EUA, ninguém levava muita fé. Ele falava coisas tão absurdas, que logo surgiu o “Trump Not” e o resto é história. Um ano depois, coincidentemente, algo muito parecido aconteceu no Brasil.
Desde que me tornei pai, tento parar de fumar. Diminuí 90%, mas não consigo chegar aos 100% graças a cerveja, gatilho para o cigarro.
Quem nunca lembrou de algum momento do passado quando escutou uma música ou sentiu um cheiro.
Quem nunca entrou em um corredor de hotel e não lembro de O Iluminado? Num aeroporto e lembro e Uma Odisseia no Espaço? Dumas de areia que lembram Star Wars? O banco da praça de Forest Gump? O vermelho de Almodóvar? O poço da Samara, de O Chamado? O grande sorriso do Coringa? Enfim, os exemplos são milhares!
Criar a sua automatização, antes de tudo, quer dizer que você viveu coisas. Sentiu cheiros e gostos, viajou, conheceu pessoas e selecionou momentos marcantes como gatilho. Dessa forma você garante que todos esses momentos, essas marcas emocionais, voltem, um dia, perdido nos teus pensamentos.
