No dia 18 de março, última sexta-feira, o músico castilhense Kayke Mello lançou seu mais novo álbum “Meu Canto, Meu Rincão” nas principais plataformas digitais. O álbum é autoral e é o terceiro CD de música do artista, contando com 12 canções que trazem os costumes gaúchos entre as letras das músicas.
“Meu Canto, Meu Rincão” conta também com a parceria de diversos e grandes nomes da cultura e da música regional e nativista, como Juliano Santos, Vitor Lopes Ribeiro, Frederico Rangel, Guilherme Marques, Marquito Ferreira da Costa, Xirú Antunes e Guto González.
Simbolizando mais um passo na carreira, o SEMANÁRIO REGIONAL convidou o castilhense para compartilhar os momentos mais importantes da sua trajetória até aqui, desde as primeiras descobertas na música nativista, suas premiações e inspirações.
Kayke Mello conta que seus primeiros contatos com a cultura gaúcha aconteceram em Júlio de Castilhos, quando participou de uma apresentação de dança na Semana Farroupilha na Escola Maria Rainha e ingressou em um grupo de danças no Clube José do Patrocínio. Além da dança, Kayke começou a interessar-se pela declamação e conquistou seu primeiro prêmio como declamador na 15ª Reculuta da Arte Nativa de Vila Nova do Sul, com o poema “Bochincho” de Jayme Caetano Braun, no ano de 2001. Inserido nas atividades da cultura gaúcha, a música encontrou caminho para se manifestar através de Kayke.
“O canto foi um despertar natural da convivência com o meio, sem técnica. Foi empírico e genuíno da infância. Com o passar do tempo comecei a rabiscar os primeiros versos e tecer as primeiras melodias”, contou o músico.
Na sua trajetória, colecionou diversos momentos importantes com premiações na música e na poesia, como declamador.
Em 2020, Kayke Mello foi campeão do primeiro festival virtual nativista do Rio Grande do Sul, o 1ª Ronda Virtual da Canção. O artista conquistou o título de Melhor Intérprete com a composição campeã “Nestes Tempos de Silêncio”, que ganhou também na categoria de Melhor Letra. Em 2021, Kayke foi indicado ao Prêmio Vitor Mateus Teixeira como Declamador do Ano, pela Assembleia Legislativa do Estado.
O cantor conquistou também a Calhanda de Bronze na Califórnia da Canção Nativa, com a composição “Tributo em Milonga a um Certo José”, oportunidade a qual menciona como uma das mais importantes da sua carreira.
“Acredito que o maior prêmio para um artista é o carinho do retribuído pelo público. Quando percebemos que nossa arte toca alguém, temos a certeza de estarmos no caminho certo.”
Neste novo momento da carreira com o lançamento do seu álbum, Kayke compartilhou que as canções contam sobre os simples costumes do povo gaúcho desde o campo até a cidade, fazendo um resgate das práticas cotidianas. Além de contar sobre o rincão, como já diz o nome da obra, o disco também fala do “meu canto”, afirmando e aproximando a personalidade do artista.
“Percebo que o público que me conhece dos palcos dos festivais e das rádios tem me acompanhado no percurso, cada vez se aprochegando mais. Além disso, pessoas de outros Estados, que trazem apreço pela cultura sul-rio-grandense tem auxiliado a espalhar a minha arte por muitos rincões Brasil afora. Por isso, esse disco firma quem eu sou, revela o meu canto e o meu rincão”.
Kayke enfatiza o apoio familiar em sua carreira, e menciona que é grato por fazer parte da nova geração no cenário da música nativista. Seus projetos seguem na divulgação do álbum, com gravação de clipes e trabalhando com algumas canções do “Meu Canto, Meu Rincão”, além de uma preparação para novos trabalhos no segundo semestre do ano.