Essa semana acompanhamos estarrecidos a mais uma notícia de violência contra a mulher. Assistimos nas mídias a história do DJ Ivis que, no auge do sucesso, espancou a esposa num vídeo que viralizou nas redes sociais. Tão desumano quanto o ato do DJ Ivis, foi o de quem assistiu a tudo sem tomar nenhuma atitude.
O isolamento social fez com que as mulheres ficassem mais expostas a agressões físicas, sexuais e psicológicas. Em sua maioria, os agressores pertencem ao círculo social das vítimas, sendo comum ser os parceiros ou ex-parceiros. Na maioria dos casos registrados de violência doméstica, o companheiro da vítima é o agressor e o lugar onde mais acontecem episódios de violência é em casa.
A violência contra a mulher não dá trégua. Acontece a toda hora, em todos os lugares. O agressor não tem um rótulo estampado na testa, não tem como se identificar quem ou quando uma agressão irá ocorrer. Cabe a todas as mulheres ficarem atentas aos sinais e pular fora da relação já no primeiro momento.
É importante evidenciar que, a incerteza e ansiedade geradas pelo atual momento de pandemia, propicia o aumento do consumo de bebida alcoólica e drogas ilícitas, que, somados à crise financeira e desemprego, proporcionam comportamentos violentos, aumento de casos de violência contra a mulher.
No caso do DJ, o que mais espanta é que ele veio as redes sociais tentando se fazer de vítima. Minimizou a agressão e mostrou vídeos que guardava para se justificar.
Este pode ter sido o último ato do famoso DJ. Talvez a carreira dele termine, ou não, depende de como o público reagirá com o comportamento que veio à tona.
DJ Ivis terá que pagar pelo que fez e aqueles que presenciaram a agressão, com certeza, terão de rever seus conceitos e atos.
A violência contra a mulher se caracteriza por ciclos e fases que são difíceis de enxergar no momento em que se vive. Por isso, a importância do acolhimento e da partilha da coragem e confiança em momentos de vulnerabilidade.
O melhor caminho é o da solidariedade com as vítimas, estando disponível para ajudar, orientar e acompanhar essas mulheres.
A pergunta que fica é: como garantir o combate à violência contra as mulheres no meio de uma pandemia que exige de nós a quarentena?