Essa foto seria da década de 60 e foi tirada na Fazenda do Leão (hoje Pinhal Grande) durante umas férias dessa tradicional família de João Bevilacqua.
Aí aparecem em cima: * O médico Saulo Bevilacqua, Dona Regina Lupi Bevilacqua, sua esposa e a filha Regina Beatriz que, naquele tempo, moravam em Porto Alegre. * Depois desse trio, o casal Maria Myrthis e meu amigo Benhur Bañolas, ela filha do Seu João Bevilacqua e Dona Morena. * O próximo casal é o Flávio Salles Bevilacqua e a Clecy Reginatto Bevilacqua que está com a Flávia do Silvinho no colo. * Outro casal é o Joãozinho-dentista com a Eloá e, abaixo dela o filho Vandico. * Bem à direita, o casal Morena Bernardina Salles Bevilacqua e Seu João Bevilacqua, com a neta Rosa Lúcia que mora em Cruz Alta, filha do Benhur e Maria Myrthis.
Embaixo, as crianças: * Luiz Antônio, filho da doméstica do Leão. * O Carlos Augusto (Guto), do Benhur. * O Alberto da Belinha. * O Saulo Roberto, da Liane. * A Rosa Maria, irmã da Regina Beatriz. * Essa outra, era filha de um médico colega do Saulo. * A Áurea Morena (Gringa), hoje em Livramento. * E o último é o João Américo da Bibisa.
Conheci Joãozinho Salles Bevilacqua e o Seu João Bevilacqua no mesmo dia. Foi a primeira família desconhecida que eu fui visitar quando cheguei a Júlio, em 1956. Naquele tempo era o forte da política. O Dr. Saulo Bevilacqua, do PTB, havia perdido a eleição para Prefeito para o Seu Victor, por uma pequena diferença. Para decidir se viria para Júlio, fui visitar o meu colega em seu Consultório, em frente ao Clube. “Já sei quem o senhor é — disse pouco amistoso– é o dentista da Frente Democrática”. O senhor está enganado – respondi. Não sou da Frente Democrática e tenho horror de política. Vim lhe visitar para resolver se fico aqui ou volto para Porto Alegre, onde estou trabalhando muito bem! Só ficarei aqui sob duas condições: Se o senhor me disser que tem lugar para outro dentista e se garantir que vai ser meu amigo…
Nisso, abriu uma porta na mesma casa e apareceu o Seu João e o Joãozinho disse que era seu pai. “Muito prazer, o senhor deve ter conhecido a minha mãe. Noêmia Chagas que nasceu aqui”. Alegre e surpreso ele disse: Tu é filho da Noêmia?! Sim foi minha amiga, dançávamos junto… “Vim visitar o seu filho e estou esperando uma resposta dele”. Pronta e alegremente, o Joãozinho me disse que tinha lugar para mim. Que não dava conta da cidade toda sozinho e ainda ia também atender em Nova Palma. Que eu viesse e que seria, sim, meu amigo. Assim teve início meu carinhoso relacionamento amistoso com esse grande, querido e saudoso colega. Dias depois, já me convidou para jantar em sua casa, foi quando eu conheci a Eloá!
Seu João ia jogar dama com papai e xadrez comigo. Quando a partida de xadrez estava perdida, ele dizia: “Adesso tuto finito e finito presto” (Agora tudo terminado e terminado logo). Seu João teria vindo de Silveira Martins, junto com seu irmão Severino (Sibica) e ficaram morando numa “república” de solteiros, numa das ultimas casas na João Pessoa, à direita quem desce para os trilhos, morava o Seu Angelim Reginatto. Os dois Bevilacqua eram alfaiates. Faziam fatiotas (trajes) para homens a partir de tecidos. Não havia confecções naquele tempo. A grande tesoura deles está no Museu Vila Rica. Em 1921, ele tinha a “Alfaiataria Moderna”. Foi casado com Dona Morena Bernardina Salles, irmã do Seu Chico Salles. Foi dono de uma loja, em 1926: “A Predilecta”, na esquina da Mauá. Foi Seu João quem demoliu a velha casa de material e construiu a nova onde foi o Cartório.