Júlio de Castilhos
quarta-feira

22 de janeiro de 2025

Search
Close this search box.

O comunicador Galvão Bueno, a exemplo de outros, mas sobretudo aqueles ligados ao futebol, consagraram os bordões. “Olho no lance!”  – “Pelas barbas do profeta” – “Ripa na chulipa, pimba na gorduchinha!” Mas Chacrinha, Faustão, Silvio Santos e outros, também não ficaram para trás. “Quem não se comunica, se trumbica!” “O louco, meu!” “Quem quer dinheiro?”

Mas faço este preâmbulo tão somente para me apropriar do HAJA CORAÇÃO no sentido de que são “muitas emoções”, inusitadas, surpreendentes, temerosas e até assustadoras que fazem com que haja necessidade de termos um coração forte e sadio para suportá-las.

Mas já que estamos na senda dos bordões, outro que caberia no atual momento é do Luciano Hulk: “Loucura, loucura, loucura!” Já não bastasse a Guerra entre Rússia e Ucrânia e seus desdobramentos em um possível conflito mundial, a inusitada eleição de Emmanuel Macron, uma família inteira morta pelo pai (que cometeu suicídio), o dragão da inflação que ameaça e corrói nosso poder de compra e os mandos e desmandos em relação à pandemia, eis que os nossos deuses do Olimpo supremo magnânimo infalíveis e sapientes senhores e senhoras das capas pretas (Ufa!) resolvem, mais uma vez, extrapolar em suas decisões.

Não vou entrar no mérito jurídico, afinal sou um leigo e muitos renomados juristas já estão a analisar e a emitir pareceres bem mais balizados. Mas como cidadão atento aos acontecimentos creio que a nossa suprema corte (que tem a sua credibilidade ameaçada diante dos destemperos) está deixando a desejar. A militância política dos ministros é algo pernicioso ao equilíbrio dos poderes em nossa República Democrática. Em nome da democracia os doutos cometem autoritarismos discricionários. Além de tudo, corrompem ritos processuais, arvorando para si poderes sem limites.

Acredito em uma suprema corte que seja guardiã da constituição e, neste sentido, que preserve a lei sem interpretações tendenciosas e partidárias. Como tribunal, o STF poderia ser mais imparcial e não ser desacreditado por suas contradições (ser célere e apegar-se a penas duras para crimes de menor monta e dar de ombros para ladrões, corruptos, traficantes, terroristas e guerrilheiros).

Em um clima de saudosismo, gostaria de voltar ao tempo em que não se sabia o nome dos 11 ministros. Do tempo em que eles falavam nos autos e não em entrevistas, lives e declarações que revelam o caráter pessoal e a escolha política e moral de cada um dos senhores (as) que vivem em condições faustas regadas a vinho importado e a lagosta.

A atitude de Bolsonaro foi uma afronta, sim, ao STF. Uma afronta legal amparada por jurisprudência gerada dentro do próprio tribunal. A loucura é que essa crise institucional pode repercutir negativamente na vida dos cidadãos na forma de inflação e de insegurança. A harmonia dos três poderes em nosso país, definitivamente, não existe. Os arroubos autoritários, sejam da parte do executivo, judiciário e até do legislativo, devem cessar. Se queremos paz e tranquilidade, perspectiva de futuro, haveremos de pensar em novas formas de fazer as coisas. Mas enquanto isso meu cardiologista está de plantão, afinal, haja coração!

Facebook
Twitter
Email
WhatsApp
JÚLIO DE CASTILHOS Previsão do tempo

Últimas notícias