O ser humano, embora seja único em sua individualidade pessoal tem reações bastante semelhantes, relativas ao seu comportamento. Talvez uma das características mais marcantes seja a insatisfação a qual gera ações e reações muitas vezes desmedidas e desproporcionais visando preencher um desejo, muitas vezes um mero capricho, pela ganância de ter sempre mais e pela sede de poder em dominar os outros e, se possível, dominar o mundo. O custo que tais ações implicam nem sempre importam a quem as pratica. Parece que tudo se legitima em nome dele (pessoa que assim se comporta), ter cada vez mais poder, quer seja econômico ou político. A vontade desmedida e a ambição desenfreada de líderes mundiais mancharam a nossa história de sangue e impuseram muita miséria e dor aos povos. E a história se repete, sempre com patéticos protagonistas.
Estamos vendo estarrecidos o conflito protagonizado pela Rússia invadindo o pequeno país da Ucrânia, onde o presidente russo personifica uma atitude de total arrogância, ao que parece, movido pela ganância de ter, de dominar, e nesse viés, de ser o mais poderoso mandante do mundo. Um mero observador como eu, tem a impressão de que, ao invadir e bombardear o pequeno, e ao que parece, indefeso país vizinho, o Presidente da Rússia, Vladimír Putin, quer é demonstrar a sua força perante o mundo, e, talvez em relação ao ocidente provocar a sua maior potência, em tese inimiga, que são os Estados Unidos. Não se importa o governante em submeter o seu povo a sofrimentos e privações, o seu país a embargos econômicos e os seus soldados e civis, à morte. Seu propósito megalomaníaco de poder parece estar acima de tudo isso. Poderá dito governante estar provocando a terceira guerra mundial, justamente nesse momento histórico em que o mundo está vivenciando a pandemia da Covid-19 a qual acomete e mata milhões de pessoas no mundo inteiro. Não bastasse isso estamos na iminência do flagelo da guerra, talvez com abrangência mundial. E o assustador é que, na questão do conflito mundial iminente, é apenas uma pessoa que está acendendo esse estopim. Séculos e milênios se passam, mas, salvo raras e louváveis exceções, o traço de personalidade do ser humano, em geral, permanece. Especialmente em suas piores nuances, de ódio, de ganância e de sede de poder. Ausente o entendimento de que o mundo é a casa comum de todos e que há uma interdependência: global e local, de todos em relação a tudo; segue a humanidade às cegas, lideradas por pessoas que, em sua maioria, sacrificam qualquer coisa em nome da ganância e do poder. Assim, caminha a humanidade, infelizmente…