Mais que isso: Uma fotografia antiga pertence ao patrimônio cultural da nação.
Por isso, não destruam fotos antigas de Júlio de Castilhos. Elas contam uma história e ajudam a preservar a história iconográfica de nossa terra.
Algum dia, nós teremos um lugar para preservar essas preciosidades. Não jogue fora a história de Júlio de Castilhos, traga que a gente guarda! Se não quiserem me dar a foto, a gente digitaliza e devolve-a na hora. Venha conhecer a nossa coleção!
Vejam, por exemplo, na base de Naquele Tempo, o quê conta esta foto que me deu a Dona Cycia Zavagna:
1 — Parte da casa onde morou Luiz Onófrio, avô do Maneco, e o Seu Flor, pai da Tereza do Tirso.
2 — Essa foi uma das mais antigas casas da cidade. Foi construída por Manoel Vieira de Alvarenga, o fundador da cidade. Ela foi herdada por Júlia Alvarenga Onófrio, sua filha, avó do Aparício Correa de Barros filho de Dona Adelaide. Nela morou seu Umberto Onófrio (sem h mesmo) casado com Dona Zinha. Essa casa foi incendiada na noite de 12 de abril de 1976. Dizem que foi uma vingança numa briga entre turcos ou sírios. Notem a diferença de nível entre a última porta e as anteriores, resultado de um rebaixamento da rua.
3 — Naquela casa foi um armazém de venda de couros de Seu Chico Onófrio. Quando eu cheguei aqui, em 1956, era a Rodoviária de Seu Chico Rosa. O cata-vento que aparece atrás puxava água para a residência de Seu Chico, lá na esquina.
4 — Quando eu cheguei era a casa de venda de móveis do Romildes Ferraz, um conferente da Viação Férrea, casado com a Celina Ferraz e pais da Regina. Ele foi um ótimo ator de teatro amador, naquele tempo em que havia grupos teatrais de amadores, mas não havia teatro como hoje.
5 — Depois daquele artístico muro, atrás dos dois que cavalgam sobre a rua sem calçamento, onde hoje é o Banco do Brasil e a Câmara, era a residência e a venda de Seu Chico Onófrio. Casa construída em 1898. Ela faz parte hoje de um belo e magnífico conjunto arquitetônico que eu insisto que deva ser tombado pelo COMPHAC, como patrimônio artístico da cidade.
Depois da esquina era a Casa Canônica, onde foi a sede do jornal A Alliança.
6 — A Igreja Matriz em construção, pelos Bays, em 1934.
7 — Aqui embaixo, o Clube Félix da Cunha e, lá em cima as palmas do Coqueiro da Praça plantado em 1905 pelo Intendente Luiz Gonzaga de Azevedo e tombado numa ventania na noite de 25 de setembro de 1979. Na manhã seguinte eu consegui com o Seu Jaca duas mudas-meninas que o Mileno mandou replantar no centro da praça. Vejam que os postes de iluminação eram de madeira…
Agora me digam, sinceramente: Por tudo que ela diz, não seria um crime botarem fora essa fotografia.