Júlio de Castilhos
quarta-feira

22 de janeiro de 2025

Search
Close this search box.

O burro tem a fama de ser um animal de pouca inteligência pelo seu hábito de empacar. Então, quando o animal decide que não quer sair do lugar, por motivo de segurança ou cansaço, o seu guia acredita que ele não está entendendo o comando. Ironicamente, o burro é o mais inteligente dos equinos.

Por ser um animal de fácil adaptação a ambientes quentes inóspitos, os burros são encontrados em todos os cantos do planeta. Sendo um animal muito sociável, são considerados “terapeutas” de outros animais, e por esse motivo, colocados juntos a cavalos, ovelhas e zebras para acalmá-los. Normalmente quietos e pacíficos, eles defendem ferozmente seus potros quando necessário. Eles pisotearão qualquer animal que considerem uma ameaça.

Talvez o burro seja o animal mais subestimado do planeta!

Eu nunca precisei estudar para passar no colégio. Sempre estive na frente da maioria dos meus colegas. Fazia o suficiente para tirar a média e voltava para os meus gibis ou livros do meu interesse.

Passei no vestibular, fiz faculdade, estudei outros idiomas – E PRA QUÊ?

Abri minha primeira empresa com 22 anos, ganhei dinheiro e quebrei por falta de noção financeiro-administrativa. Paguei as dívidas, recomecei e cometi o mesmo erro outras duas vezes.

Na minha quarta tentativa, pareço ter aprendido. Guardei dinheiro, investi no futuro. Nunca empaquei no medo e no cansaço e agora acordo todo dia às 5 horas da manhã para estudar, antes de trabalhar 2 turnos, chegar em casa e me dedicar aos “extras” que complementam o orçamento do mês. Finalmente estou me esforçando pelo futuro, não pelo presente.

Talvez eu tenha me superestimado!

Acaso eu fosse como o burro; sociável e dedicado por toda existência, empacasse quando estivesse inseguro ou cansado, as decisões fossem as mais corretas, tomadas de maneira mais consciente. Mas aí não seria eu, ser humano, lutando contra a própria ignorância, que é bem diferente da burrice.

“Sexta-feira, passando pela Praça Quinze de novembro, achei o animal já morto.

Dois meninos, parados, contemplavam o cadáver, espetáculo repugnante; mas a infância, como a ciência, é curiosa sem asco. De tarde já não havia cadáver nem nada. Assim passam os trabalhos desse mundo. Sem exagerar o mérito do finado.”

Machado de Assis – “A Semana” 

Facebook
Twitter
Email
WhatsApp
JÚLIO DE CASTILHOS Previsão do tempo

Últimas notícias