Semana passada, começamos aqui algo altamente complexo, que é explicar um pouco do universo fantasioso de J R R Tolkien, “O Senhor dos Anéis”. O autor, que iniciou sua obra em 1937 em “O Hobbit”, e até sua morte em 1973, aos 81 anos, não havia concluído todos os detalhes dessa história (talvez por não ter fim), era uma mente absurdamente criativa, criando linguagens e até alfabetos novos.
Espero viver até o dia em que poderei ver uma produção sobre a 1ª Era, tema de CULTURA POP da semana passada. Até lá, teremos uma incrível novidade que é a nova séria da Amazon Prime Vídeo, que irá contar a história da 2ª Era, tema do nosso especial de hoje.
2ª Era
Após o final de 1ª Era, vendo toda a destruição causada pela guerra, as Silmarillions perdidas e Morgoth banido para o vazio atemporal, os Valar decidiram nunca mais se intrometer nos problemas da Terra Média. A maioria dos humanos mortais foram viver em Númenor e os Elfos em Lindon, mas claro que populações menores estavam por toda a Terra Média, assim como Anões, Hobbits e outras raças.
Sauron, maior discípulo de Morgoth, havia sobrevivido e fugido para o sul, em Mordor, e estava convertendo homens para o seu culto pessoal.
Muitas gerações mais tarde, Sauron, após retomar sua força, escondido na forma de Annatar, convenceu os Elfos a forjarem diversos anéis do poder. Entre eles, 15 se destacaram, sendo que 6 eles deram para os anões e os outros 9 para os senhores dos Homens. Ainda foram feitos mais 3 anéis para os Elfos, mesmo sem a participação de Annatar.
Achando esse lance de Anel do Poder muito estranho, os Valynor enviaram Maiers a Terra Média, primeiros 2 e depois mais 3, não para interferir, mas para aconselhar os povos. Vieram em formato de idosos que nunca envelhecem, um deles era Galdalf.
Após forjar os anéis, Annatar reassumi sua forma de Sauron e com um pedaço da sua alma, cria o Um Anel para controlar todos os outros Anéis do Poder.
Agora Sauron tinha, além de um grande exército de Orcs, uma grande parcela de homens mortais a sua disposição, declarando guerra a todos os povos livres da Terra Média.
Sauron foi conquistando território por território até sobrar apenas Lindon, que atacou muito confiante, e quando tudo parecia perdido, os homens de Númenor desembarcaram no Porto e foram sentando a porrada no exército de Sauron, inclusive no próprio, que escapou por muito pouco e voltou para Mordor.
Os homens de Númenor voltaram um tanto arrogantes para a ilha e, após algum tempo, voltaram para a Terra Média para terminar o serviço e derrotar Sauron, o que não foi necessário, pois ele se rendeu.
Sauron virou um “prisioneiro-conselheiro” do Rei dos numenorianos, convencendo-o a atacar Valynor. Nem preciso dizer que, não bastasse a utopia do ato, o próprio criador Eru Ilúvatar ficou pistola com o ato, jogando uma montanha inteira em cima dos caras, matando a todos que desembarcaram em Valynor.
Ilúvatar ficou tão puto que ainda partiu o mundo ao meio e Arda, que era plana, agora ficou redonda com Númenor bem no meio, afundando a ilha com todos os seus habitantes. Por fim, o criador ainda retirou Valynor do resto do mundo e só quem conhecia a “Rota Plana” poderia chegar lá, onde qualquer outro que tentasse navegar a Oeste cairia no vazio. Nunca mexa com o criador!
Embora sua forma física, Annatar, fora destruída, o espírito de Sauron retornou a Terra Média graças ao Um Anel e seguiu tocando o terror.
Sendo assim, a Última Aliança de Homens, Elfos, Anões e outras raças marcharam até Mordor, na Montanha da Perdição, e desafiaram Sauron para terminar de vez com aquele ser maligno. Após alguns anos de cerco, Sauron foi obrigado a sair e a porrada comeu solta. Usando a espada quebrada de seu pai, que já estava morto, Isildür, num golpe de sorte, cortou o dedo de Sauron onde estava o Um Anel.
Assim, Sauron perdeu sua forma física e a Última Aliança venceu essa que dizem ter sido a guerra mais épica da história da Terra Média e dando fim a 2ª Era.