O empreendedorismo social serve, principalmente, para gerar capital social, incluir e emancipar populações em situação vulnerável ou que vivenciem desigualdades.
Já o empreendedorismo empresarial tem o mesmo objetivo de qualquer empresa privada, que é gerar lucro para os donos, sócios e investidores.
Outra diferença fundamental é que o empreendedorismo tradicional foca na produção de bens que atendam às necessidades e desejos do cliente, enquanto o social trabalha por transformações nas comunidades.
Essas mudanças e impactos na vida das pessoas são a principal medida para avaliar o sucesso de um empreendimento de cunho social.
O que é empreendedorismo empresarial?
É o tipo mais comum de empreendedorismo, que move um ou mais indivíduos rumo à abertura do próprio negócio.
Geralmente, o empreendedor desfruta de uma visão estratégica, identificando uma solução criativa para problemas comuns.
Desse modo, ele monta a estrutura de sua empresa orientada a um nicho específico, que será atendido a partir de um modelo focado na inovação.
Ao contrário das organizações tradicionais, que prezam por hierarquias rígidas e controle centralizado, as empreendedoras focam naquilo que é melhor para o cliente, construindo um relacionamento que manterá o interesse em seus produtos e serviços ao longo do tempo.
São caracterizadas, ainda, pela descentralização, trabalho orientado, empoderamento dos funcionários e auto suficiência de recursos.
O que é empreendedorismo puro?
Essa expressão se refere à própria ação de empreender, também relacionada à abertura de um novo negócio.
O conceito de empreendedorismo inclui inovação, autonomia e risco.
A inovação nasce da criatividade e repertório do empreendedor, que necessita de autonomia para colocar sua ideia em prática.
Nesse contexto, ele também assume riscos, pois o negócio pode não dar certo, por exemplo, por não ser bem aceito pelo público, enfrentar uma concorrência desleal ou por falta de investidores.
Mesmo que o preço a pagar seja alto, o empreendedor não irá abrir mão dessa liberdade para colocar sua ideia em prática.
Buscando inspiração no empreendedorismo social
Grameen Bank
Idealizado pelo bengalês Muhammad Yunus, o banco é um dos empreendimentos sociais mais populares do mundo.
Tudo começou na década de 1970, quando Yunus decidiu se mobilizar contra uma injustiça em seu país – Bangladesh.
A população pobre não conseguia crédito junto aos bancos, ainda que fosse para abrir um novo negócio.
Sempre que precisavam pegar dinheiro emprestado, essas pessoas tinham de recorrer a agiotas, que cobravam juros abusivos.
Então, o empreendedor pensou em um jeito de provar que os empréstimos para essa faixa da população tinham risco baixo, atraindo investidores para estruturar seu próprio banco de microcrédito.
Ele mesmo emprestou US$ 27 a 42 mulheres de uma comunidade, que investiram em ferramentas de trabalho e conseguiram pagar todas as parcelas.
A partir dessa experiência bem-sucedida, nasceu o Grameen Bank, que concede pequenos empréstimos para dar suporte à produção e redução da pobreza em diversos países.