Estava eu dentro de um ônibus escolar indo para a localidade de Tupim, interior de São José do Norte, ministrar o conteúdo de sustentabilidade no agronegócio e lixo rural, essa semana.
O Ônibus escolar não passava de 60 km/h, ainda bem, no início dessa minha jornada, tinham muitos profissionais da educação, a maioria mulheres e professoras, alguns poucos funcionários e nenhum aluno.
A medida que íamos nos distanciando da área urbana, os minutos iam se passando, mas minguadamente, subiam no ônibus, um aluno cá outro lá, um pinga-pinga danado, e meio desajeitados e embarcados sempre, sob o olhar de seus queridos parentes mais chegados. Os olhares dos pais e mães eram de faceirice, alegria, esperança, alívio e as vezes de preocupação, afinal em plena pandemia, mas…, não mais que de repente, um piá com pouco mais de 10 anos, subiu, e disse para o motorista, com voz de invocado:
“ Amanhã vê se me esquece e passa… direto! ”
Sério.
O povo do ônibus meio torpe, pois ainda era cedo, 6h45 min iniciou a saga e era umas 7h50 min…
Riram, riram…
E daí foi…, ficando no ar muitas dúvidas.
Mas será que o perguntante, o PIÁ, não deu uma de Filosofo Platão: e colocou em cheque mate, esse nosso modelo educacional vigente, pois ele propicia a formação de cidadãos livres e emancipados?
É fundamental assegurar que a educação seja vista como estratégia central na execução de um Projeto Nacional de Desenvolvimento, que organize e realize os desejos de construção de uma sociedade justa, fraterna e inclusiva, em que todos possam viver, trabalhar e ser felizes, numa economia que valorize o conhecimento e assegure a emancipação.
Que venha 2022, pois com certeza dias melhores virão, com mais EDUCAÇÃO!
