Júlio de Castilhos
quarta-feira

22 de janeiro de 2025

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Custos para produção de soja crescem 48% em média

Ainda com o acréscimo nos custos, a previsão da produção brasileira de soja é de 3,9% de aumento na safra atual

De acordo com a Federação das Cooperativas Agrícolas do Rio Grande do Sul – FecoAgro/RS, os custos para a comercialização dos grãos de soja segue aumentando no Rio Grande do Sul, onde a produção vem tendo um ritmo de aumento de 48,45% comparado à mesma época de 2020. O custo variado operacional (ou desembolso) aumentou 53,46%.

Neste desembolso, serão necessárias 35,58 sacas de 60 quilos para cobrir o valor, considerando o custo de R$5.408,23/hectare. Em comparação a 2020 e 2021, isso representa o crescimento de 13,72%.  

Como essa situação interfere no planejamento do produtor de soja? 

Em pesquisa da FecoAgro/RS, é compreendida a situação de cada produtor, considerando que cada um possui o seu patamar de custos. Tarcísio Minetto, enconomista da FecoAgro/RS, acredita que os produtores estão bem organizados por terem adquirido equipamentos no início de 2021, quando a troca era mais favorável do que está neste momento. Porém, para o produtor que não conseguiu adquirir os produtos antecipadamente, há o risco de arcar com maiores custos no início desta safra.  

De acordo com a Federação, não há dúvidas de que o produtor que comprou no primeiro semestre terá um retorno maior. A preocupação no atual momento é em relação à pandemia e a menor disponibilidade de matérias-primas, trazendo dúvida se o mercado conseguirá entregar as mercadorias compradas.  

Exportações

Ainda com o aumento do valor na produção de soja, as estimativas de produção no Brasil seguem crescendo. Nesta quinta-feira (26), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou que a produção da oleaginosa deverá ser de 141,26 milhões de toneladas, com aumento de 3,9% na safra atual.

A Conab prevê que as exportações podem chegar na ordem de 87,58 milhões de toneladas, considerando o aumento da demanda chinesa e do câmbio elevado no ano que vem.

Segundo a Conab, com as demandas chinesa e brasileira aquecidas, o contexto pode ser favorável ao Brasil, sendo mantido como o maior produtor de soja no mundo, seguido dos Estados Unidos e da Argentina.

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