Fiquei entusiasmado terça-feira passada. Estava chegando em casa, à tardinha, abri o Facebook, e começava uma live que entrevistava a Laura Rubin, nova Assessora de Imprensa da Câmara de Vereadores de Júlio de Castilhos.É admirável a dedicação e a competência da escolhida para o cargo pela casa legislativa.
Enquanto ela apresentava os objetivos de seu trabalho, falou em “romper a barreira” que existe entre os representantes que elegemos e nós, cidadãos. E, desconsiderando aqui tantas outras possíveis causas dessa falta de contato, eu diria que os tijolos que sustentam esse muro da inacessibilidade são constituídos pela falta de “tradução” para uma linguagem popular.
A partir daquele momento e com uma nova maneira de olhar, percebi uma mudança na forma como as informações vêm sendo transmitidas para a população castilhense.E não só por parte da Câmara, mas da Assessoria da Prefeitura também, com o Vinicius Ferreira.
Apesar de todas as dificuldades que estamos enfrentando devido a pandemia, reconhecemos o lado positivo de termos passado por adaptações tão expressivas e de última hora para que assim a nova realidade digital trouxesse acesso cada vez mais rápido à informação.
A sensação é de que somado a isso a sociedade cobrou o requisito “fale a minha língua” no que diz respeito à comunicação. Ao que me parece, o trabalho de pessoas como a Laura e o Vinicius vai além de apenas informar. Aliado a isso, busca “desburocratizar” o acesso à informação para a população, dá espaço e voz para pessoas comuns que, por algum motivo, não tiveram oportunidades suficientes para entender o “jurisdiquês” de assuntos importantes para todos, e que, do meu ponto de vista, impactam diretamente sobre o bom desempenho da vida em sociedade.
Por isso eu disse antes que fiquei entusiasmado. Para mim, e acredito que para muitos que estão lendo,não existe dinheiro que pague a possibilidade de exercermos DEMOCRACIA.
Afinal, considerando que essa palavra de origem grega (demos = povo; ktarein = governo) busca significar que o poder emana do povo, devemos, como cidadãos, dar respostas às atuações de nossos representantes, ao passo que elas são fundamentais para as suas atuações. De modo que nesse diálogo sejam sempre preservados o respeito e a troca de ideias de maneira cidadã.
Se acreditarmos no diálogo como forma de exercício da cidadania, consequentemente teremos melhores condições de vivenciarmos o absoluto Estado Democrático de Direito.
Pedro Neto