Júlio de Castilhos
quarta-feira

22 de janeiro de 2025

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Coluna Cultura Pop: Os Indicados ao Oscar 2021

Nessa segunda-feira (15/03), a The Academy Awards divulgou os indicados ao Oscar 2021.

Com a nova realidade em meio a pandemia do COVID 19, a grande maioria dos filmes indicados são de serviços de streaming, o que facilita muito para que possamos vê-los de forma legalizada.

É o caso de “Mank”, filme com mais indicações (10). Conta a história do roteirista Herman J. Mankiewicz (Gary Oldman) e fala do debate da relação dele com Orson Welles (Tom Burke) durante a produção daquele que é considerado por muitos o melhor filme de todos os tempos, Cidadão Kane (1941). Inclusive, veja esse primeiro, se quiser entender os diálogos e a própria participação de Welles, que muitas vezes é vedada (evitando processos? Certeza!).
Mas o melhor filme para mim foi “O Som do Silêncio”, apesar do final preguiçoso. Filme de estreia do diretor e roteirista Darius Marder, narra o processo de autoaceitação de um homem que perde a audição. Aquele filme que te causa uma agonia tremen-da e traz algo novo, algo que te faz aprender e valorizar o que tem, mesmo que o básico, como ouvir. Menção a indicação de Paul Raci, veterano do teatro americano, indicado a melhor ator coadjuvante. Merece muito!

Outra atração é a indicação póstuma de Chadwick Boseman (Pantera Negra). Acredito que ele só vence por uma questão de homenagem. Sua atuação em A Voz Suprema do Blues é excelente, mas não o suficiente para bater Riz Ahmed (O Som do Silêncio) ou Gary Oldman (Mank). A Voz Suprema do Blues, inclusive, filme bem teatral com grandes atuações, não a toa, Viola Davis também concorre na categoria de melhor atriz (com chance de vencer).
David Fincher deve ganhar o seu merecido Oscar de Melhor Direção. Como eu sou fã do David Fincher! Ele é muito talentoso! Seven (1995), Fight Club (1999), Panic Room (2002), Curious Case of Benjamin Button (2008) estão entre meus filmes favoritos, fora House Of Cards e Mindhunter que também são ótimas séries.
No mais, esse promete ser um Oscar bem abaixo dos outros anos, por motivos óbvios. Nunca nós, amantes da 7ª arte, sentimos tanto a falta de bons catálogos para ver. Porém, se é o que tem, que sejam boas escolhas e promovam um pouco de diversão ao público.

Revirando meus livros antigos

Visitei minha mãe esse final de semana e encontrei meus livros da adolescência. Acredito que dê para fazer uma coleção de textos sobre eles. De Sidney Sheldon, passando por Nietzsche, Agatha Christie, Lewis Carroll e chegando até Zygmunt Bauman. Sim, do inferno ao céu, li tantas coisas variadas que explicam essa minha esquizofrênica relação com o bom e o Trash, que representam bem a Cultura Pop. Naquela época era muito difícil saber se um livro era bom ou não antes de ler. Hoje, pesquiso mil vezes antes mesmo de ver a capa. Não deixa de ser impressionante também como tinha tempo para essas descobertas. Enfim, a adolescência…

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