A grama do vizinho sempre parece mais verde. Por conta dessa percepção, e das duras críticas de “Batman vs Superman”, os produtores da Warner afastaram Zack Snyder da pós-produção de Liga da Justiça(2017). Contrataram Joss Whedon (Vingadores: A Era de Ultron). Resultado foi uma desastrosa versão que não sabia onde estava, nem para onde ia.
Vieram então os pedidos dos fãs para que fosse disponibilizado a versão pensada pelo criador original. Até finalmente lançarem a Zack Snyder’s Justice League (2021).
Zack Snyder iniciou como diretor de cinema no ótimo terror Down Of The Dead (2004), que teve como roteirista James Gunn (Guardiões da Galáxia). Assumido fã de quadrinhos, também dirigiu 300 (2007) e Watchmen (2009). O que, entre outras produções, demonstra a sua clara visão mais sombria sobre as histórias que ele conta.
Ganhou a chance de desenvolver a sua própria trilogia de Liga da Justiça. Seria o auge de uma carreira meteórica, mas que culminou no momento mais difícil da sua vida. Perdeu tragicamente a filha e foi afastado após filmagens do segundo filme.
A bagunça na vida do diretor e criador desse universo refletiu naquele que seria o prelúdio de todos os próximos filmes da DC. Virou um projeto sem dono. Um gigante, bilionário, aguar-dado e perdido projeto. O único homem que poderia corrigir aquela anarquia estava de luto.
O tempo passa e cura as feridas, mesmo nos deixando cicatrizes eternas. Recuperado, sobrou fôlego para Snyder nos presentear com 4 horas de filme, divididos em 6 partes e um epílogo (única parte filmada para a nova versão do diretor). Conseguimos entender as motivações e nos aprofundar na história dos heróis.
O epílogo foi uma forma de terminar a história, já que o terceiro filme não será filmado. Uma chance de redimir o Coringa de Jared Leto, terrivelmente usado em Esquadrão Suicida (2016).
Toda essa jornada me faz pensar como o Universo da Marvel influenciou negativamente nos filmes da DC. Essa obrigação do primeiro lugar tirou aquele objetivo maior que é criar uma boa história para os fãs. É isso que dá dinheiro: boas histórias!
Na busca por agradar a todos, o Universo DC de Snyder acabou no meio, inconclusivo, ilógico e com aquele sentimento de que algo deu muito errado no processo. De que as pessoas que estavam no comando do estúdio tomaram decisões equivocadas e que o universo não cooperou nem um pouco. A Liga da Justiça de Zack Snyder vem amenizar um pouco esse sentimento, até porque vem aí um novo Batman, mas isso é papo para uma outra semana.
Terra de Vila Rica: História do Município de Júlio de Castilhos (Firmino Costa: 1991)
Terminei de ler a chamada Bíblia Castilhense, estudada por todos no colégio e que contribui imensamente para contar a história do município de Júlio de Castilhos. Como Assessor de Comunicação da Prefeitura, me senti na obrigação de lê-lo. Ainda mais que divido a página desse jornal com seu autor, Firmino Costa. Uma diversão para quem está conhecendo a riquíssima história desse município tão belo e importante para o nosso estado.