A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul (SES/RS), por meio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS/RS), divulgou boletim com o registro de 444 casos suspeitos de dengue em fevereiro.
Do total de casos, 135 foram confirmados, 97 foram descartados, 212 continuam aguardando investigação e 118 são autóctones. Alguns dos municípios que registraram a doença foram Ivoti, Cristal do Sul, Pinhal, Rodeio Bonito, Não-me-toque e Erechim.
Na última sexta-feira (25/02), o município de Santa Maria confirmou os dois primeiros casos de dengue, contando ainda com mais um caso suspeito e outros dois de Chikungunya, também suspeitos.
Em Júlio de Castilhos, ainda não há casos suspeitos, nem confirmados da doença. No entanto, a confirmação da circulação do vírus em outros municípios é um fator de alerta, segundo o Agente de Vigilância Sanitária, Juliano Pereira.
“Isso nos preocupa porque o município é considerado infestado com o mosquito aedes aegypti. Nos bairros é possível visualizar os mosquitos na fase adulta, mas por ainda não ter caso suspeito da doença, o vírus ainda não está circulando. Mas é algo que é relativo. Assim como não está circulando, pode vir alguém contaminado e não saber que está doente, e tendo um mosquito ativo, já é um risco muito grande” explicou Juliano.
O Agente de Vigilância do município explicou que, desde que Júlio de Castilhos foi considerado infestado há vários anos, um trabalho diário é realizado para o combate aos focos do mosquito. As principais estratégias realizadas pela equipe de vigilância sanitária são as vistorias há cada 15 dias, levantamento de índices em pontos estratégicos e visitas nas residências em ciclos de 2 meses. Segundo Juliano, a cidade conta com mais de 8.700 imóveis cadastrados nos registros.
“Esse trabalho é diário. Todos os dias a equipe está na rua verificando e realizando essas visitas. Um ponto negativo é que em muitas residências os moradores não recebem a equipe, então isso acaba dificultando um pouco o trabalho deles e até mesmo o controle dos mosquitos.”
No momento, a equipe visualiza que os principais pontos com maior possibilidade de acúmulo de água e proliferação das larvas do mosquito são borracharias, oficinas, sucatas, pneus velhos e nas residências onde há o costume de acumular água da chuva para o reaproveitamento.