Não há como iniciar este editorial sem mencionar como a arte e a cultura não somente configuram elementos importantes e especiais para nossas vidas, mas principalmente como são essenciais para um verdadeiro respiro de alma enquanto expressão neste mundo em que vivemos. Existem muitas maneiras de confirmar sua relevância em nosso cotidiano… mas nesta semana tivemos outro tipo de demonstração de como a arte – assim como o artista – tocam fundo em nossas emoções. Ao que se fala de dramaturgia, já nesta quarta-feira (11) faleceu o ator Paulo José, aos 84 anos. Paulo foi conhecido por fazer parte de obras da televisão que acompanharam a vida de muitas pessoas, de diversas idades. Foram mais de 20 novelas e minisséries que tiveram Paulo para contemplar a criação, como “Por amor”, “Senhora do Destino”, “Caminho das Índias”, entre outras. Você pode não reconhecer pelo nome, ou lendo os nomes das novelas. Mas se viu o rosto de Paulo José nesta semana, no anúncio de seu falecimento, a memória traz seu rosto em outros momentos enquanto você assistiu ele na televisão enquanto fazia uma tarefa cotidiana dentro de casa, e passava na frente da TV de vez em quando.
Além de Paulo José, nesta quinta-feira (12), outra surpresa infeliz. Tarcísio Meira, aos 85 anos, faleceu de Covid-19. E infelizmente, colecionamos vários artistas levados por uma doença que, mesmo com tantas explicações, continua não explicando muita coisa ao nosso redor. Tarcísio, conhecido nas telas desde 1959, fez parte de obras que quase são reconhecidas justamente por sua participação. “Rei do Gado”, “Irmãos Coragem”, “Senhora do Destino”, “A favorita” e “O Beijo do Vampiro”, entre outros. Além disso, viveu um dos romances mais bonitos da televisão com Glória Menezes.
Duas perdas que não nos afetam diretamente, tampouco conhecemos ou convivemos com essas pessoas. Mas sua arte fez presença em todos dias, por anos, e deixaram marcas importantes de carinho e admiração. Estas últimas ficam para todo o sempre, nos confirmando assim o quanto a arte faz identificação com a vida, e se faz eterna na memória coletiva.