O estudo “Projeções do Agronegócio Brasil 2020/21 a 2030/31”, realizado pela Secretaria de Política Agrícola, parte do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) prevê que a produção de grãos no Brasil irá atingir 333,1 milhões de toneladas nos próximos dez anos. Com as culturas de soja, milho de segunda safra e algodão liderando o crescimento no país, com relação à produção de grãos em 2020 e neste ano, o acréscimo na produção para 2030/31 deverá ser de 71 milhões de toneladas. O aumento corresponde a 27,1%, com taxa anual de crescimento em 2,4%.
O estudo também contou com a Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e também com o Departamento de Estatística da Universidade de Brasília (UnB).
As informações são do site oficial do Governo Federal, constando que o estudo das Projeções aponta que os principais fatores que indicam tal crescimento previsto para os próximos dez anos são o mercado interno, as exportações e os ganhos de produtividade. Nesse contexto, a tecnologia encontra chão para serem desenvolvidas diversas técnicas no campo, possibilitando o avanço nas inovações.
Em relação à área plantada, os números devem ultrapassar os atuais 68,7 milhões de hectares, subindo para 80,8 milhões de hectares em 2030/31, segundo informações oficiais do Governo Federal. As regiões brasileiras apontadas para liderar o aumento da produção de grãos são as regiões Centro-Oeste e Norte, este último com Tocantins e Rondônia liderando a expansão.
O aumento significativo não se direciona somente para a produção de grãos. Em relação a produção de carnes, seja a bovina, suína ou aves, deve ter crescimento de 6,6 milhões de toneladas entre 2020/21 a 2030/31, com porcentagem de 24,1% de acréscimo.
Dentre elas, as que apresentam maior desenvolvimento percentual de crescimento na produção são as carnes de suínos e de frango, respectivamente com 25,8% de acréscimo, e 27,7%. A carne bovina, por sua vez, segundo o estudo, tem como previsão o crescimento de 17% entre este ano até o encerramento da projeção.
De acordo com as projeções, o mercado internacional deverá fazer pressão em relação às carnes bovina e suína. O Brasil é líder no mercado internacional do frango, a qual terá aumento de 71,4% na produção nos próximos dez anos, dirigidos ao mercado interno, bem como a produção de carne bovina com 64% de aumento, e 73,8% da carne suína. O consumo doméstico ainda será algo relevante, mesmo que o Brasil seja um forte exportador das carnes.