Júlio de Castilhos
quarta-feira

22 de janeiro de 2025

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Alta no preço da carne de frango preocupa setor produtivo

Produção da carne teve diminuição de 15% no mês de junho, e 21,1% de baixa nos abates de animais

De acordo com pesquisa realizada com a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), publicada no site da GaúchaZH, a carne de frango deve seguir em aumento devido aos custos da produção e ao encolhimento do abate de animais, o que reduz a oferta e encarece o produto final. No Rio Grande do Sul, a produção da carne teve diminuição de 15% no mês de junho e 21,1% de baixa em relação a redução de abates desde o mês de março.  

Dentre tantos setores que responderam em aumento em relação aos efeitos da pandemia, a carne de frango entra no grupo de alimentos que, assim como a carne vermelha, elevaram seu preço de custo. Com dados da Embrapa Suínos e Aves, o ICP – Índice de Custo e Produção do frango aumentou 52,3% nos últimos 12 meses.  

A Associação Gaúcha de Avicultura observa que possíveis fatores que levariam a redução de abates de animas são o valor do milho, juntamente com a diminuição de estabelecimentos consumidores, como restaurantes, em decorrência da pandemia de Covid-19, atingindo também a logística do grão e do farelo de soja, os quais compõem a ração dos animais. Este último responde por 20% do alimento dos animais, enquanto o grão de milho, responsável por 70% da ração, teve aumento de 100% no último ano, de acordo com a Asgav.  

As carnes, pelo quinto mês consecutivo em junho, tiveram aumento de 38,17% no Brasil, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do IBGE. O frango em pedaços, em 2021, teve aumento de 7,48% no país.  

Segundo a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), o preço da proteína vem sofrendo aumentos semanais, o que torna o consumo resistente à novas altas. O presidente da Associação, Antônio Cesa Longo, explica que o consumidor está no limite.

– E o setor está vendo que o consumo está caindo e indo para outros itens. As pessoas começaram a comer mais ovos porque estão comendo menos carne. E, dos ovos, tem gente que já foi para a batata.  

Segundo o presidente, existia uma expectativa de estabilização de preços da proteína com a baixa do dólar, mas ainda segue sem essa confirmação. O aumento do custo da carne deve seguir subindo, ainda que o repasse do preço deve ser feito de forma gradativa ao consumidor.  

Informações da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) indicam que o preço do produto final ainda está longe de estar equilibrado com o custo de produção da carne. Em decorrência da estabilização do preço do milho, em valores altos, a elevação do custo da proteína é inevitável, ainda que não tenha previsão de quanto tempo irão permanecer nesse ritmo.

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