Por Manuel Torres
As reduções jesuíticas do Paraguai, Argentina, Rio Grande do Sul (Brasil), experiência singular na história americana, apareceram como um fenômeno sem precedentes, como um fato revolucionário no plano sócio-político na história desses povos.
Os Jesuítas não somente aceitaram a língua Guarani-Tupi, senão que a admiraram, adotaram, estudaram e converteram-na em língua escrita com gramática e dicionário, ( veja obra de ANCHIETA e MONTOYA). As reduções tiveram impressas muitos anos antes que qualquer cidade de grande parte da América Colonial. É extremamente doloroso para um Guarani falante, ver como aos poucos, por falta de um estudo das fonéticas e as escritas primordiais vai morrendo e diluindo-se um idioma tão importante para a América e o mundo.
Sabemos que logo depois do Latim e o Grego, o Tupi-Guarani é o idioma que mais nomes emprestou a farmacopeia atual. Sabemos também que o Tupi-Guarani foi e é MATER das diversas línguas indígenas do litoral Atlântico, sul Americano-Amazonense como o Latim o é para as línguas Românicas.
Vocábulos:
Abaeté: Homem verdadeiro
Ajuricaba: Rio dos Marimbondos
Abacatu: Homem forte, capaz
Anagua: saia de baixo feminina
Angoera: Alma, Fantasma
Anhangabaú: Rio do Diabo
Aporreado: Espantado, mal domado
Aracy: Mãe do Dia, Aurora
Araguaia: Rio dos Papagaios
Araponga: Ave do canto metálico estridente ( Ferreiro)
Araranguá: Toca das Araras
Atybaia: cabelo desgrenhado, Melena.