Júlio de Castilhos
quarta-feira

22 de janeiro de 2025

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Agronegócio: Exportações no Estado crescem 42% no trimestre

No segundo trimestre de 2021, exportações do agronegócio no Rio Grande do Sul tem aumento puxado pela soja, carne e produtos florestais

Segundo boletim dos Indicadores do Agronegócio do Rio Grande do Sul, divulgado nesta quarta-feira (11), as exportações do agronegócio no Estado tiveram aumento de 42% em comparação a este mesmo período no ano de 2020. No segundo trimestre de 2021, US$ 4,6 bilhões foram somados. O boletim dos indicadores é elaborado pelos analistas Rodrigo Feix e Sérgio Leusin Júnior.

Os principais insumos responsáveis pelo crescimento da exportação são a soja, com aumento de 56,2% (US$2,8 milhões), as carnes, com aumento de 24,8% (US$614,3 milhões) e produtos florestais, subindo 55,4% (US$342,9 milhões).

De acordo com dados do Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (DEE/SPGG) do Rio Grande do Sul, o crescimento das vendas totalizou US$1,4 bilhão, garantindo assim o segundo melhor trimestre em vendas do Rio Grande do Sul desde 1997, quando se deu o início da série histórica.

Os resultados perdem somente para o terceiro semestre de 2013. Desde janeiro até o mês de junho, o aumento das exportações de agronegócio do Estado foi de 30,5% comparada com o primeiro trimestre de 2020.  

O fumo e seus produtos provenientes, cereais, farinhas e preparações foram os segmentos que obtiveram resultados abaixo do que foi registrado em 2020. O fumo, com queda de 2,1%, e os cereais e farinhas com 46,1% de queda.  

Soja  

O complexo soja é o segmento mais representativo no assunto da exportação. A venda da soja em grão, segundo a SPGG, teve destaque principal no segundo semestre deste ano, com crescimento percentual de 52%, representando US$ 788,7 milhões. Já o farelo de soja obteve aumento de 65,8%, somando US$145,7 milhões, e o óleo de soja 138,8%, incrementando US$ 71,8 milhões.  

Carnes 

Com a queda da comercialização da carne bovina em 17,3% (US$ 13,8 milhões), os segmentos que puxaram o crescimento nos resultados foram a carne de frango, subindo 42% e movimentando US$ 90,6 milhões, e a carne suína, somando US$ 45,1 milhões (+26,7%).  

Produtos florestais  

Os setores que bancaram a elevação, neste segmento, foi a exportação de celulose, madeiras em bruto e manufaturas de madeira, respectivamente com aumento de 41,9% e 87,3%.  

Cereais, farinhas e preparações  

Este segmento registrou resultados negativos neste segmento trimestre de 2021. O motivador, por sua vez, segundo dados da Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão, foi a queda nas vendas de arroz, diminuindo US$ 99,45 milhões de reais, representando uma queda de 55%.  

Destinos das exportações 

Nos valores das exportações do trimestre, a China lidera com 58,7% dos valores. O crescimento foi de US$ 903,1 milhões nas compras. A soja em grão foi destaque no país, com o óleo de soja, celulose e carne suína como contribuintes no resultado. Outros compradores como União Europeia, Coreia do Sul, Estados Unidos e Irã estão entre os cinco primeiros colocados nas compras do Rio Grande do Sul.  

Abrangendo o período do segundo trimestre para todo o primeiro semestre de 2021, a China permanece no topo de compra, com 48,4%. Abaixo, está a União Europeia com 11,4%, Estados Unidos com 3,9%, Coreia do Sul com 3,8% e Arábia Saudita om 2,9% do total das compras gaúchas.  

Ainda sobre o primeiro semestre deste ano, os setores que mais avançaram no período que foi marcado pela recuperação da estiagem a qual foi registrada nos primeiros seis meses de 2020, foram as exportações de soja, carnes e produtos florestais.  
 

O aumento das exportações, no contexto atual, pode estar relacionado ao medo de uma nova onda de contaminação pela Covid-19 no mundo, o que faz com que os países reforcem seus estoques de alimento. Segundo a Secretária de Agricultura de Júlio de Castilhos Ana Paula Alf Lima, a movimentação atual das exportações era prevista para a segunda quinzena de setembro, que é o período tradicional desses movimentos de exportação.

-Com o aumento dessas importações, já gera impacto do preço pago às commodities. Aqui na região de Júlio de Castilhos, podemos destacar as subas dos preços pagos, como por exemplo na soja, que aproxima se novamente dos R$ 160, o milho que superou os R$85, e arroba do boi gordo, que nesse mês teve um ganho de 15% – destaca a Secretária de Agricultura, acrescentando ainda que os consumidores sentem os efeitos dessa valoração, o que é demonstrado no valor alto das refeições.

Tabelas: Boletim Indicadores do Agronegócio SPGG – RS

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