Nessa segunda-feira (18), aconteceu a Abertura Oficial da Colheita do Trigo no Rio Grande do Sul, no município de Cruz Alta. A cerimônia foi realizada na Fazenda Santa Terezinha, da Sementes Aurora, com a coordenação da 16ª Feira Nacional do Trigo – Fenatrigo, que se realizará do dia 18 a 22 de maio de 2022, com o apoio da Prefeitura de Cruz Alta.
O evento contou com a presença da Secretária Estadual de Agricultura, Silvana Covatti, representando o Governador Eduardo Leite; o Senador, Lasier Martins; o Presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza; o Deputado Federal, Pedro Westphalen; O Deputado Federal, Bibo Nunes e o Presidente da Câmara Setorial do Trigo, Hamilton Jardim.
Segundo a Secretária de Agricultura, Silvana Covatti, cerca de 40% do PIB gaúcho vem do agronegócio.
“É uma responsabilidade imensa estar representando o nosso Governador Eduardo Leite, um homem sensível a produção do estado. Cerca de 40% do PIB do RS provém do agronegócio e nós queremos ser grandes promotores de políticas públicas, tornando o nosso estado um grande produtor” explicou a Secretária, na cerimônia de Abertura da Colheita do Trigo. “Nosso Estado deve ter, neste 2021, a melhor produção de trigo na história”.
O Presidente da Câmara Setorial do Trigo, Hamilton Jardim, falou sobre tornar o Brasil um grande importador das principais culturas.
“Ainda dependemos de grande parte de trigo importado, quando temos condições de produção em nossas coxilhas. Tenho certeza que nós rapidamente vamos transformar o nosso País em grande importador das principais culturas que produz e, quem sabe, autossuficiente” disse Hamilton.
Expectativas para a colheita
Para esta safra de trigo, é estimada uma colheita de 3,781 milhões de toneladas de trigo no Rio Grande do Sul. Até o momento, de acordo com informações da Emater/RS-Ascar, já foram colhidos mais de 5% da área, representando aproximadamente 60 mil hectares do grão.
No município de Cruz Alta, destaque na produção de grãos, existem hoje 23.400 hectares cultivados de trigo. Em relação a 2020, quando foram registrados 18 mil hectares, o crescimento é de 30%. A expectativa de produtividade para esta safra do grão em Cruz Alta é uma colheita de 3 mil quilos por hectare, de acordo com a extensionista rural da Emater/RS/Ascar, Larissa dos Reis.
Segundo avaliação da Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS), a safra deve ser satisfatória no Estado se o clima seguir favorável até o encerramento do ciclo. O Presidente da FecoAgro, Paulo Pires, menciona que o andamento da safra é positivo “mesmo que em algumas regiões, como as Missões e Grande Santa Rosa, tenha ocorrido falta de chuvas nos meses de julho e agosto, deverá se ter uma colheita normal, ao contrário do ciclo passado onde houve uma frustração por causa das geadas” explica. O crescimento da produção de trigo chega hoje após um 2020 com uma frustração de cerca de 30% na safra. A região Sul do Brasil deve ser responsável por 92% da produção de triticultura nacional em 2021.
De acordo com dados da Emater, desde 2014 a área cultivada de trigo no Rio Grande do Sul não superava um milhão de hectares. Em 2020, 915,7 mil hectares foram cultivados, e em 2021 a área cresceu para 1.177.487 hectares. Movido principalmente pela confiança dos produtores no grão, o trigo foi elevado para a principal safra de inverno, ficando na frente da aveia branca, cevada e canola.
Preço do trigo
Motivo de otimismo entre os produtores, o preço do trigo subiu em decorrência da demanda e do mercado aquecido. Em 2020, neste mesmo período, a saca de 60kg do grão era cotada em R$62,13. Neste ano, a saca vale em média R$80,70.
Inovação
Segundo informações do site da Prefeitura Municipal de Cruz Alta, a Abertura da Colheita do Trigo trouxe inovações tecnológicas para o agronegócio. Na ocasião, foi apresentada a maior plataforma de corte do mundo, a Flexer XS 62 pés, da GTS. Comprovada como destaque de evolução no setor agrícola, a máquina consegue colher até 120 hectares por dia, representando mais de 500 toneladas de grãos para um dia de trabalho em condições normais de operação.