Júlio de Castilhos
quarta-feira

22 de janeiro de 2025

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A Fazenda do Coqueiro: seus vários donos

Primeiros donos

Com a conquista das Missões, em 180l, o território em estudo passou à soberania portuguesa e surgiu então, aquele que seria o primeiro dono da área: o Furriel de Milícias José Joaquim Cezar e sua mulher Maria do Espírito Santo que a teriam comprado da Comunidade do Povo de São Lourenço em 1803. 

Na verdade ele comprou a Estância do Guaçupi que tinha 312 quadras de sesmaria. A Fazenda do Coqueiro era apenas uma parte dela. (Ela incluía, também, a atual Fazenda da Estrela).

As divisas de José Joaquim Sezar  seriam hoje:

Ao Norte e Oeste, com o Rio Toropi. Ao Sul, com o Rio Guaçupi. A Leste com a divisa oeste da sesmaria de Roberto Moreira Lopes. Como se vê neste mapa ficaria dentro das terras de José Joaquim Cezar, as antigas fazendas da Estrela e do Coqueiro.

Segundos donos                   

Em 1º de janeiro de 1825, a Fazenda do Guaçupi foi vendida, por seiscentos mil réis ao Alferes Francisco Marques de Almeida. Ele era solteiro, mas tinha uma companheira, Gertrudes Maria Fernandes.

Terceiros donos

Antes de 1847, a viúva de Francisco Marques de Almeida e seus filhos vendem ao Alferes José Caetano de Oliveira (Barão de Tibagi e sua mulher Querubina Rosa Marcondes de Sá (Baronesa de Tibagi).

Quartos donos

Em 1825, eles vendera ao Alferes Francisco Marques (de Almeida), cujos herdeiros vendem, antes de 1847, ao Capitão José Caetano de Oliveira, Barão de Tibagi e sua mulher, Querubina Rosa Marcondes de Sá, Baronesa de Tibagi.

Quintos donos

Em 6 de outubro de 1882,  a Fazenda do Coqueiro, com 4 léguas,  foi  comprada por 100 contos de réis  pelo Dr. Domingos Pinto de França Mascarenhas (casado com Maria Cecília de Souza –Yayá-  (filha de Balbino Francisco de Souza e Gertrudes da Silva Tavares, neta de João da Silva Tavares (Joca Tavares) e Umbelina Bernarda de Assunção Nunes) e suas tuteladas, as menores Gertrudes Francisca e Balbina de Souza (irmãs nascidas no Uruguai, filhas de Juliana Carvalho e legitimadas por seu pai  Balbino Manuel Francisco de Souza). A compra foi feito a meias.

Sextos donos

Em 13 de julho de 1901, falece o Dr. Domingos e herdam seus três filhos: Cypriano, João e Balbino. Cypriano de Souza Mascarenhas casou com sua prima Gertrudes Carvalho de Souza , João de Souza Mascarenhas com sua prima Balbina Carvalho de Souza (Bina) e Balbino de Souza Mascarenhas, com Katherine Weishappel.  Este morava no Rio de Janeiro, onde faleceu em 1940.                                                   

Em 1909, João e Balbino vendem sua parte a Cypriano. A Fazenda do Coqueiro passa a pertencer somente ao casal Cypriano de Souza Mascarenhas e Gertrudes de Souza Mascarenhas (Mimosa), que eram primo-irmãos. A propriedade troca, então, de nome, passando a chamar-se Fazenda Santa Gertrudes.

O povo, no entanto, continuou, como até hoje, a chamá-la Fazenda do Coqueiro, fato que irritava muito a seu proprietário. Ele foi o mais famoso dono dessa fazenda.

Ao redor de 1900, Cypriano de Souza Mascarenhas construiu a atual casa da sede e iniciou a criação de gado charolês em Júlio de Castilhos, sendo pioneiro no Brasil na importação da França dessa raça. De 1935 a 40 Cypriano Mascarenhas possuía na fazenda “O maior rebanho de charolês do mundo”, cerca de 10.000 cabeças, Graças a ele o Município de Júlio de Castilhos passou por várias décadas a ser chamado de Capital do Charolês. Cypriano Mascarenhas adquiriu, com o passar dos anos várias áreas de campo vizinhas.

Com a morte de Cypriano Mascarenhas, em maio de 1948, por testamento, sua esposa Gertrudes ficou com usufruto da Fazenda e herdaram os sobrinhos dele. Em janeiro de 1960, morre Gertrudes e herdam dela os sobrinhos do casal, dando origem a diversas estâncias.

Sétimos donos

A tradicional sede da antiga “Fazenda do Coqueiro”, no entanto, ficou pertencendo a Balbino de Souza Mascarenhas (sobº), natural de Pelotas, e sua esposa Inês Leite Mascarenhas.

Atuais donos

Atualmente, a sede da antiga Fazenda do Coqueiro (com uma casa de 100m2, antiga senzala e galpões) pertence a Maria Inês Mascarenhas Jobim, herdada de sua mãe Maria Cecília Mascarenhas Jobim. (Maria Inês teria sido casada com Marco Antônio Sá Martins).

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