Júlio de Castilhos
quarta-feira

22 de janeiro de 2025

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Governo lança Plano Nacional de Fertilizantes para reduzir a dependência da importação

Mais de 85% do insumo usado no Brasil provém de importações

O Governo Federal lançou nessa sexta-feira (11) o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), uma nova estratégia para diminuir a dependência do Brasil com as importações de insumos.

O lançamento do plano aconteceu em uma cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do presidente da República Jair Bolsonaro, da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, do ministro da Economia Paulo Guedes e demais ministros e secretários.

A elaboração do projeto já tinha acontecido em 2021, e na última semana foi formalizado e assinado o Decreto 10.991. De acordo com o governo brasileiro, o PNF é uma referência para o planejamento do setor de insumos para os próximos 28 anos, até 2050. O planejamento promove que o agronegócio nacional se desenvolva, focando nos principais elos da cadeia, como a indústria tradicional, produtores rurais, cadeias emergentes, novas tecnologias, uso de insumos minerais, inovação e sustentabilidade ambiental.

Dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos apresentam que mais de 85% dos fertilizantes usados no Brasil provém de importações, o que segundo o Governo Federal, reflete a dependência em nível elevado de um mercado dominado por poucos fornecedores. A economia brasileira é fortemente apoiada no agronegócio, e no atual contexto de insegurança mundial, a dependência dos insumos importados faz com que a economia no Brasil esteja sempre vulnerável às mudanças do mercado internacional. Por isso, o objetivo do PNF é equilibrar a produção nacional e a importação para atender a demanda. Em 2050, o plano pretende diminuir de 85% para 45% a dependência dos insumos importados, mesmo que a demanda por fertilizantes dobre.

Segundo a ministra Tereza Cristina, a intenção não é alcançar uma autossuficiência para o Brasil nesse setor, mas conquistar autonomia.

“Não estamos buscando a autossuficiência, mas sim, a capacidade de superar desafios e manter nossa maior riqueza, o agronegócio, pujante e competitivo, que faz a segurança alimentar do brasil e do mundo. Nossa demanda por nutrientes para as plantas é proporcional à grandeza de nossa agricultura. Mas teremos nossa dependência externa bastante reduzida”, disse, reforçando que o Plano não é apenas para reagir a uma crise, mas para tratar de um problema estrutural, de longo prazo.   No próximo dia 12, a ministra viaja ao Canadá para tratar do tema, após ter visitado o Irã recentemente, e a Rússia, no ano passado. 

De acordo com o Ministério da Economia, os dez maiores exportadores de fertilizantes para o Brasil em 2021 foram: Rússia, China, Canadá, Marrocos, Bielorússia, Estados Unidos, Catar, Israel, Egito e Alemanha. O Brasil é o quarto maior produtor mundial de arroz, cevada, soja, milho e trigo, e é responsável por 7,8% de toda a produção mundial. A soja, o milho e a cana-de-açúcar estão entre as culturas que mais tem a necessidade de utilização dos fertilizantes, o que totaliza mais de 73% do consumo nacional.

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