Júlio de Castilhos
quarta-feira

22 de janeiro de 2025

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A sociedade atual está cada vez mais, cheia de “juízes”. Percebe-se a existência de um número expressivo de pessoas que parecem dar mais importância a vida alheia do que a sua. Esse “desfocamento” da realidade pessoal e interesse no que os outros fazem, vivem, e de como se comportam, parece ser um sinal de futilidade e acentuada desocupação. É claro que em algum grau fofocar sobre a vida dos outros é meio que normal, faz parte do convívio e da comunicação, afinal vivemos e convivemos em sociedade e essa interação é inevitável bem como algum grau de observação. O que devemos levar em consideração é que “todo julgamento traz em si uma confissão”, porque normalmente medimos o outros com a nossa régua, ou seja, vemos nele muito mais o que nós somos do que o que ele é.

O que pode ser questionado e avaliado é que muitos nos olham, mas são poucos os que nos veem, e raros são os que nos conhecem. Mesmo assim, se acham no direito de nos julgar. E vão além, sem qualquer interesse em saber a verdade, sem dar direito de defesa e sem qualquer moral para isso, nos condenam. As pessoas, em regra, não levam em consideração as nossas lutas, dores e dificuldades, que obviamente todos temos; o que fazem é exigir de nós uma perfeição, que obviamente, eles não têm. Em tempos de amplo acesso a informação, o “tribunal da internet” é o que há de mais injusto e ainda muito cercado de impunidade. É fácil promover o “linchamento moral ou profissional” de alguém ou de alguma instituição, oculto pela blindagem virtual que não exige provas e nem mesmo identificação do julgador. O acesso a informação e a sua principal ferramenta, a internet; é algo essencial em nossos dias, mas, como tudo na sociedade, pode ser amplamente desvirtuado e usado para meios escusos, golpes e toda sorte de maldades e maledicências. É a rede o problema? Claro que não. São as pessoas que fazem mau uso dela.

Mas, apesar de tudo, nesse cenário alcoviteiro, tanto presencial quanto virtual (principalmente), o que importa é a nossa consciência e a relação com aquilo que acreditamos, e, sobretudo, a sinceridade com os nossos sentimentos. Estes sim são nossos e dão motivo, sentido e significado para a nossa vida, o nosso bem mais precioso. Precisamos e devemos tratar bem dele. Em suma, a opinião dos outros, a eles pertence; que façam com ela o que quiserem. Ignoremos e sigamos em frente. A vida é nossa: única, curta e valiosa, que possamos soltar as amarras, nos blindar da fofoca e da maledicência, e viver…

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