Esse grupo de pessoas elegantes, conhecidíssimas naquele tempo, estava reunido não se sabe em que ocasião. Não era baile. Não tinha bebida na mesa. Apenas um cinzeiro e uma carteira de cigarros. Um flagrante que marcou para a posteridade as pessoas que conviveram com a paz de nossa cidade naquele tempo. Todos já partiram, mas a gente se lembra deles com carinho: * Dona Natalina foi a última que partiu da Existência para a Vida. * Ela era casada com o Seu Dulce, o de linho branco e gravatinha de borboleta muito usados pelas pessoas que vestiam bem naquele tempo. Em 1926, ele era jogador da defesa do SC Brasil. Em 28, foi sócio do Cinema Ideal. Seu Dulcemar Ribas, muito inteligente e organizado, teve grande atuação na vida da nossa Prefeitura. Começou em 1929 como Auxiliar da Tesouraria. Em 32 já era Secretário e foi o braço direito do Prefeito Tidinho Gomes. Em 43, exerceu o cargo de Prefeito a primeira vez, por 4 meses até ser nomeado um novo. Em 45, ele foi nomeado Prefeito por 5 meses. Em 46 foi Prefeito nomeado, de novo. Sempre que saia um prefeito na época da ditadura Vargas ele era o substituto legal. Parece mentira, com tanta rua com letras na cidade, não existe ainda uma Rua Dulcemar Ribas. Seu filho, recém-formado em farmácia, teve uma morte trágica e é lembrado pela Rua Plácido Ribas, perto do Estádio. Ele era irmão do Sílvio da Ignez que mora em Brasília. (Inês legítima: com g e z). * Depois dele, na foto, vem a Isis que casaria com o José Carlos Pereira. * Depois, ao centro, a Dona Iracema Machado, esposa do Seu Pedro, os pais da Isis. * De pingente, uma das senhoritas mais bonitas naquele tempo: a Lecy, irmã do Benhur e do Hurben da Nitinha. Ela casaria com o Carlos Prestes Waihrich. * E, em seguida, os pais da Lecy: a Dona Ubaldina e o Seu Vasco. Seu Vasco também exerceu importantes cargos na administração municipal. Foi Subprefeito em 47, no tempo no tempo em que o Seu Victor era o Prefeito. Seu Vasco era uma pessoa muito educada e cavalheiresca. Tanto que teve sua atuação reconhecida, sendo homenageado com a Avenida Vasco Bañolas em Júlio e Rua Vasco Bañolas em Quevedos. A ponte que liga Júlio a Quevedos também tem o seu nome: Ponte Vasco Bañolas.
Agora vamos falar de gente mais nova. Hoje ele tem só 41 anos. O nome dele é Flávio Henrique, mas é mais conhecido como Ique. Ele era meu companheiro de sinuca, apanhou muito de mim e, muitas vezes, dava zebra. * O Ique é esse menininho risonho de língua de fora e de meínha de lã. Naquele tempo ele era muito bonitinho! Aí na foto, ele está no colo da * Dona Maria Olinda Pacheco que eu visitei um pouco antes dela completar 105 anos. Ela era a mãe da Inês do Henriquinho. * A Dona Maria Olinda era filha do Seu Octaciano Pacheco que é esse senhor da foto. * Seu Octaciano Pacheco foi tropeiro de mulas que ele levava para vender na Feira de Sorocaba. Era um biriva, como chamavam naquele tempo. Ele trabalhou também na Fazenda do Seu Henrique e faleceu com 94 anos. *E aquela moça da esquerda é a Isabel Cristina, a mãe do nenezinho! Esposa do Alberto Reginatto Bevilacqua.
Vejam que esta é uma foto histórica. Especialmente, foram pousar aí 5 gerações: filho, mãe, avó, bisavó e trisavô, que hoje chamam de tataravô! Não percam a cara do piá!