De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), o uso de defensivos agrícolas representa um aumento de 8,7% na área tratada no Brasil. Neste terceiro trimestre do ano, a área chegou a 209,3 milhões de hectares com o aumento. No ano passado, a área era de 192,4 milhões no mesmo período.
Os defensivos aplicados nas culturas atingiram 154,6 mil toneladas, com aumento de 6,6% de acordo com a Spark Consultoria Estratégica para a Sindiveg. Nesse setor, o uso de fungicidas aumentou 14%, inseticidas 12%, produtos para tratamento de sementes 7% e herbicidas, que aumentaram 4%.
Dentre o total das culturas que recebem os defensivos, a soja representa o produto que possui maior área tratada com 32%. Atrás da soja fica a pastagem, representando 20% da área tratada, o trigo (12%), milho (10%) e cana-de-açúcar (7%). Os defensivos agrícolas aplicados correspondem a US$1,7 bilhão no valor de mercado. Em 2020, entre os meses de julho a setembro houve elevação de 21,7% somando 1,4 bilhão.
O cálculo da área tratada com defensivos é realizado pela multiplicação da área cultivada pela quantidade de aplicações realizadas. Segundo a Sindiveg, essa maneira de calcular é o que melhor apresenta o uso efetivo de agroquímicos pelos agricultores.
O crescimento da área de aplicação dos agroquímicos pode ter sido impulsionada pelo início do plantio de verão, juntamente com a expectativa de aumento da safra 2021/2022. De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é projetado para a próxima safra de grãos 288,6 milhões de toneladas. Isso representa um crescimento de 14% em relação a colheita da safra anterior.