A partir desta quarta-feira, 1º de setembro, a conta de energia elétrica fará parte do grupo de segmentos que estão sofrendo aumentos em 2021.
Nesta terça-feira (31), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) criou uma nova bandeira tarifária, elevando o valor da taxa extra para R$14,20 pelo consumo de 100kWh. A nova tarifa terá vigência até 30 de abril de 2022.
Anteriormente à nova definição da tarifa, a cobrança era de R$9,49, a qual foi definida no mês de junho de 2021 no reajuste da tarifa da bandeira vermelha 2. Na época, a conta de luz ficava 52% mais cara.
O aumento da tarifa vigente se deu em decorrência da gravidade da crise hídrica no Brasil. De acordo com boletim divulgado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS), os reservatórios das Usinas Hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste brasileiros estão funcionando com apenas 22,7% da capacidade de armazenamento.
A região Sul registrou a maior queda de nível de armazenamento (1 p.p). O subsistema opera atualmente com 30,7% da sua capacidade, com dados do último boletim do ONS. No novo relatório, era previsto que a região Sul terminasse o mês de agosto com 26,8% da capacidade de armazenamento sendo utilizada.
Os reservatórios, responsáveis por cerca de 70% da geração hídrica nacional, hoje apresentam os níveis mais baixos dos últimos 91 anos. Por consequência, a estiagem prolongada exige que o sistema de geração de energia necessite da ajuda de usinas termelétricas, no entanto, seu custo de operação é bem mais elevado. De acordo com informações da CNN Brasil, o contexto da crise hídrica se encontra como principal responsável pelo aumento da inflação. A geração de energia mais cara impulsionou o salto da conta de luz, a qual subiu 20,1% dos últimos 12 meses.
Segundo o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, a tarifa média de conta de luz no Brasil é de R$60. Com a tarifa anterior, de R$9,49, a média se encontrava em R$69,49. Agora, com a nova vigência, a conta de luz sobe para R$74,20, com aumento de 6,78% em relação à cobrança anterior.
