Acaso você goste de entender mais sobre a vida humana e o comportamento das pessoas, os filmes sobre loucura são uma ótima indicação.
O último bom que vi sobre o tema foi Coringa (2019), mas tenho muitos exemplos como Taxi Driver (1976), Laranja Mecânica (1971), Ilha do Medo (2010), Fragmentado (2017), Um Estranho no Ninho (1980), Sobre Meninos e Lobos (2003), Psicose (1960), Bicho de 7 Cabeças (2000), Dia de Fúria (1993), enfim, exemplos de bons filmes sobre enlouquecer estão cheios.
Tenho uma clara convicção que um dia vou enlouquecer. Surtar ao ponto de ficar biruta, lelé-da-cuca, doido-de-pedra, ou o nome que você preferir. Isso porque não tenho psicológico para compreender, nem a genialidade e nem a ignorância.
Não entendo como o ser humano conseguiu chegar ao ponto de construir foguetes espaciais, por exemplo. São milhões de parafusos e fios, num quebra-cabeça altamente complexo e pensado por uma mente humana.
Também não entendo como pessoas acreditam em movimentos fascistas, nacionalistas, populistas, comunistas e tantos outros que visam apenas a vitória do seu próprio ponto de vista.
Somos sociais. Esse, inclusive, é o motivo que fez a nossa espécie se sobressair sobre as outras e dominar esse planeta. Nós cooperamos uns com os outros e aqui estamos. Evoluídos.
Nesse debate sobre a sociedade, devemos lembrar que vivemos em ambiente urbano. Um lugar hostil, estressante e caótico, onde todo mundo tentar te passar a perna. A vida vai passando e vamos entendendo que temos que ter cuidado com quem se aproxima e parece legal. Algo que não passava pela nossa cabeça na infância e adolescência.
Nesse sentido, até entendo que essa geração, cada vez menos, saiba lidar com frustrações.
É importante aprender a lidar com crítica, fazer uma auto análise, um estudo e argumentar com respeito. Em qualquer momento, em qualquer lugar.
É perto disso que a crítica, a análise ou autoconhecimento funcionam. Indivíduos ao redor do mundo possuem tempos diferentes ou acessos diferentes, e cada um irá analisá-las em momentos diferentes, tendo percepções diferentes, mas somente cooperando entre si que é (e foi) possível avançar como essa sociedade louca que vivemos.
Uma pena que vejo o mundo caminhar numa direção oposta a esse conceito, o que só vai me aproximando do inevitável. O meu fim amarrado a uma camisa de força, numa sala acolchoada, gritando planos de conspiração alienígena. Viu? Eu falei!