Faz muito tempo que estou preparado para um Apocalipse Zumbi.
O plano é o seguinte: ir para o meio do mato onde tenha muita água potável e poucas ou nenhuma pessoa. Gastaria o meu tempo criando uma barreira de proteção.
Por mais difícil que fosse achar comida, o importante no início da infestação é ficar longe das aglomerações, manter-se seguro e esperar as coisas estabilizarem.
Como numa pandemia.
Tanto tempo que gastei, inclusive, criando o plano de fuga e nunca imaginei que , na verdade, estivesse treinando para ser pai.
Afinal de contas, um bebê age igual a um zumbi.
Bebê não fala, ele gruni.
À noite, você tem que cuidar dos seus passos, porque se você acordar o bebê zumbi, verá que se meteu em muitos apuros.
Tem o lado fofo também, que quando o bebê zumbi fixa o olhar em você, ele não tira mais.
Bebê se arrasta.
Tanto o bebê, quanto os zumbis estão sempre sujos, vomitados e cagados.
E não é displicência, pois não importa o quanto você limpe, ele vai estar sujo logo depois.
Nunca limpei um zumbi, que fique claro.
Ambos se babam, descabelados e tem ainda a dificuldade motora, fazendo com que andem sempre cambaleando.
Troque o cérebro pelo seio da mãe e não terá diferença alguma.
Inclusive, de tudo isso que foi anunciado aqui, nada é pior que um bebê com fome.
Um bebê com fome é a coisa mais assustadora que existe.
Veja um bebê comendo sozinho o seu mingau e imagine um zumbi esbaldando-se em tripas humanas. É a mesma coisa!
Esse texto foi claramente influenciado pelo lançamento de “Army of the Dead: Invasão em Las Vegas”, o novo filme do Zack Snyder disponível na Netflix.
Pela minha paixão por filmes e games de Zumbis que começou em “Resident Evil”, passou por “Madrugada dos Mortos”, atingiu seu auge com a série “The Walking Dead” e o game “The Last Of Us” e segue até hoje mexendo com o meu imaginário. Fora a menção honrosa a “Todo Mundo Quase Morto”, “Noite dos Mortos Vivos” e o espetacular “Eu Sou a Lenda”.
Vida longa aos zumbis, por mais ambíguo que seja, e aos bebês.