Júlio de Castilhos
quinta-feira

23 de janeiro de 2025

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Coluna Cultura Pop: Filmes para quem vai ser pai

Minha esposa está grávida de 9 meses e o processo de compreensão sobre ser pai é longo. Não estou negando a paternidade, mas somando os valores de consultas e exames, enfim, descobrindo o investimento alto que fiz.

Não tive um pai presente, vi ele apenas uma vez na minha vida. Não estou chorando mágoas, pois tive a melhor mãe do mundo. O que quero destacar é essa minha vontade de viver coisas de pai e filho. Coisas simples como, sabe, conversar. Vou conversar muito com o meu filho. Se meu pai soubesse que eu queria apenas conversar…

Descobri nomes como “Doppler” e que o líquido aminiótico é muito importante. Nomes me fascinam. O meu filho vai se chamar Otto. Fui eu que escolhi, coisa rara na minha relação, mas tive um sonho e levo sonhos a sério! Obs.: Meu filho vai ter um nome palíndromo!

Mas o nome não é tão importante quando lembro do quanto ter filho me da medo. Vejo ele com 40 anos e eu avô ao mesmo tempo que qualquer notícia de violência na TV me causam arrepios na espinha. Já decidi que vai ser gremista, gostar de Rolling Stones e ver Star Wars 20 vezes, pra depois me sentir culpado porque o importante é ter saúde. Tudo fica muito pequeno quando você pensa que tem que proteger algo que ama e que é você o responsável.

Todo esse medo, inclusive, começa quando esse bichinho tá dentro da barriga da progenitora. Ela tem que se alimentar bem e não pode se estressar. Isso te torna num completo escravo por 9 meses, dizem os 220 textos e documentários que lemos e vimos. “Parece que tem um Alien aqui dentro sugando as minhas energias” – palavras dela. Esse parágrafo, inclusive, me lembrou do objetivo dessa coluna: Dica de Filmes.

Filmes sobre pais me tocam demais. Lembro do episódio de “Um Maluco No Pedaço”, onde o pai do Will vem visitar ele e depois vai embora. Acho que só chorei mais quando tinha uns 10 anos e vi “O Paizão”. Podem me julgar, mas eu gosto do Adam Sandler. Falando em Will Smith, como não citar “À Procura da Felicidade”? Tem ainda “Capitão Fantástico”, “Procurando Nemo”… Enfim! Mais importante que isso, é que vocês vejam filmes com seus filhos e que conversem com eles.

Descobri também que ter filho te deixa absurdamente criativo e disposto. Não preciso dormir mais que algumas horas pra lembrar o quanto de conta que tenho que pagar e mesmo assim nunca me sobrou tanto dinheiro, pois eu nunca estive tão focado na vida. Descobri que ter filho é um investimento alto, mas em mim mesmo. Fiz o melhor negócio da minha vida.

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