Segundo um levantamento divulgado pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul, com dados atualizados nessa terça-feira (21), 15 municípios gaúchos decretaram situação de emergência por conta da estiagem e outras 5 cidades ainda não possuem os decretos, mas possuem o Registro no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres.
Os municípios em situação de emergência são Júlio de Castilhos, Espumoso, Fontoura Xavier, Cristal do Sul, São Pedro das Missões, Palmitinho, Santo Augusto, Tupanciretã, Barra do Guarita, Frederico Westphalen, Arroio do Meio, Tenente Portela, Agudo, Alto Alegre e Caiçara. Entre esses, o levantamento da Defesa Civil indica Júlio de Castilhos como o município que decretou estado de emergência mais cedo, no dia 06/12/2021. Segundo informações divulgadas pela Prefeitura Municipal, Júlio de Castilhos já vem sofrendo com períodos de estiagem prolongadas desde 2019, e nesse ano a falta de chuvas ocasionou danos humanos como a falta de acesso de água potável, danos agrícolas com a perca de produtividade e atraso do começo do ciclo produtivo e também um dano econômico, devido à perca de produtividade e o aumento dos custos de produção. De acordo com um Laudo Técnico emitido pela Emater do município, o prejuízo financeiro nos setores do leite, milho silagem e milho grão safra normal passava dos R$6 milhões.
Em Tupanciretã, o decreto de situação de emergência devido à estiagem foi publicado na última quinta-feira, dia 16 de dezembro. Desde o mês de novembro a Capital Gaúcha da Soja vinha enfrentando a falta de chuvas, com apenas 50 mm de registro de precipitações no último mês. Também de acordo com o Laudo Técnico da Emater do município, com informações divulgadas pelo Jornal Manchete Digital, a perca econômica já passa dos R$113 milhões.
Nessa terça-feira (21), segundo o G1, outros municípios gaúchos registraram perdas significativas: em Espumoso, o prejuízo pode ultrapassar os R$100 milhões. Nos municípios de Santo Augusto e Palmitinho, as perdas nas lavouras de milho chegaram a 70% e 80% respectivamente.
Previsão para o verão
O verão no Rio Grande do Sul será marcado pelo fenômeno La Niña, contando com baixa precipitação e temperaturas acima da média, o que pode tornar a estiagem mais prolongada. Segundo informações do Climatempo, divulgadas pela GaúchaZH, o Estado será o que mais irá enfrentar as dificuldades de déficit hídrico, e o verão será de tempo mais quente e seco durante todo o período.
As chuvas devem continuar abaixo da média em todo o Rio Grande do Sul. De acordo com o Climatempo, a média climatológica para o período de janeiro a março fica entre 100 a 150 milímetros por mês, mas a previsão é que o volume alcance em torno de 50 a 80 milímetros mensais no intervalo de verão.